terça-feira, 23 de julho de 2013

GALERIA HOMERO MASSENA RECEBE EXPOSIÇÃO "NAQUELA MESA", DE THIAGO ARRUDA.


Uma construção de memória, ligada ao Centro de Vitória, mais especificamente à Rua Sete é a proposta da exposição "Naquela Mesa" do artista plástico Thiago Arruda. Aberta para visitação a partir do dia 6 de agosto na Galeria Homero Massena, em Vitória, a mostra é composta por uma instalação de gravuras, produzidas a partir de referências fotográficas e de relatos de captação de áudio. O conteúdo da exposição carrega não só caráter pessoal, mas também uma espécie de memória coletiva, com uma declaração de admiração ao tempo, às histórias, amigos e à cadeira que está vazia, "naquela mesa", em questão.

Inspirado na canção de Sergio Bittencourt, "Naquela Mesa", onde também homenageia seu pai Jacob do Bandolin, o artista, por intermédio de gravuras, técnica que elegeu como fluxo de sua produção, busca revisitar o Centro de Vitória um ano após o falecimento do seu pai, pretendendo reencontrar os saudosos amigos de Glauco Arruda, e ocupando novamente a cadeira que ficara vazia por mais de um ano. Arruda buscou nos amigos de seu pai, historias sobre o Centro da capital, a convivência com o seu pai e reviver algumas historias que ouvia aos domingos quando religiosamente o visitava.

Os trabalhos expostos na exposição são ocogravuras, processo parecido com a técnica calcogravura (gravura em Metal), porém, o artista ao invés de utilizar chapas de metal, utiliza chapas de plástico. Segundo Thiago Arruda gravuras são registros de passagem de algum objeto sobre uma superfície, um vestígio de permanência. Assim como a lembrança é o momento gravado na memória. "Os trabalhos são uma exposição pessoal, contudo, carregados de um potencial de assimilação pelo expectador devido a sua temática."

Letra: Naquela Mesa - Sérgio Bittencourt
(1970)

Naquela mesa ele sentava sempre
e me dizia sempre o que é viver melhor
naquela mesa ele contava histórias
que hoje na memória eu guardo e sei de cor
naquela mesa ele juntava gente
e contava contente o que fez de manhã
e nos seus olhos era tanto brilho
que mais que seu filho
eu fiquei seu fã.
eu não sabia que doía tanto
uma mesa num canto, uma casa e um
jardim

se eu soubesse o quanto dói a vida
essa dor tão doída, não doía assim
agora resta uma mesa na sala
e hoje ninguém mais fala no seu bandolim
naquela mesa tá faltando ele
e a saudade dele tá doendo em mim
naquela mesa tá faltando ele
e a saudade dele tá doendo em mim

agora resta uma mesa na sala
e hoje ninguém mais fala no seu bandolim
naquela mesa tá faltando ele
e a saudade dele tá doendo em mim
naquela mesa tá faltando ele
e a saudade dele tá doendo em mim
eu não sabia que doía tanto
uma mesa num canto, uma casa e um
jardim

se eu soubesse o quanto dói a vida
essa dor tão doída, não doía assim
agora resta uma mesa na sala
e hoje ninguém mais fala no seu bandolim
naquela mesa tá faltando ele
e a saudade dele tá doendo em mim
naquela mesa tá faltando ele
e a saudade dele tá doendo em mim

SERVIÇO

Exposição "Naquela Mesa", de Thiago Arruda

Local: Galeria Homero Massena, Cidade Alta, Vitória - ES
Visitação: 06 de agosto a 05 de outubro
De segunda a sexta-feira das 9 às 18 horas e sábado das 13 às 18 horas.
Entrada franca
Contato: 3132-8395


Nenhum comentário:

Postar um comentário