quarta-feira, 31 de julho de 2013

MAES REABRE COM 3 MOSTRAS SIMULTÂNEAS NESTA QUINTA.


Foram seis meses fechado para reparos nas instalações hidráulica e elétrica, além de alvenaria, teto e pintura da fachada. Mas a espera valeu. A reabertura do Museu de Arte do Espírito Santo Dionísio Del Santo (MAES) será realizada nesta quinta-feira (01) com três exposições simultâneas e novidades nas atividades cotidianas, como a abertura da sua biblioteca para o público

Na exposição principal, realizada em parceria com o SESC, obras de Rubem Gerchman com o tema "A Estética do Futebol e Outras Imagens" traz 42 serigrafias do carioca falecido em 2008 e consagrado mundialmente, mais duas instalações que dialogam com o tema das artistas capixabas Maruzza Valdetero e Elisa Queiroz, falecida em 2011.

A outra exposição é "A Cor de Dionísio", do artista Dionísio Del Santo, que dá nome ao MAES. São 12 gravuras onde o uso da cor, marca fundamental na obra do artista, é explorado. E para completar, uma exposição bibliográfica sobre artes visuais do acervo do MAES com o nome "O Diverso do Acervo" levará ao público novas aquisições e obras relacionadas às mostras apresentadas.

"A Estética do Futebol e Outras Imagens" - Rubem Gershman, Maruzza Valdetero e Elisa Queiroz

No Brasil, o universo do futebol, tão em voga com a Copa das Confederações realizada este ano e o Mundial de 2014 no Brasil, sempre foi exaustivamente abordado pela literatura nas penas de Nelson Rodrigues, Otto Lara Resende, Lima Barreto, José Lins do Rego e Luis Fernando Veríssimo e outros. O cinema, com os filmes de Ugo Giorgetti e a recente cinebiografia de Heleno de Freitas, também lançaram luzes sobre o tema. Agora é a vez de conhecer o olhar das artes plásticas, pelas serigrafias do consagrado artista plástico Rubem Gershman, (1942-2008), e das instalações de Maruzza Valdetaro e Elisa Queiroz (1969-2011). 

As 42 serigrafias do carioca Gershman, artista cuja trajetória ganhou repercussão internacional, estão reunidas sob o título "A Estética do Futebol", com explosão de cores e movimento em situações pertinentes a este universo esportivo e antropológico. Já Maruzza e Elisa têm reapresentadas instalações que tratam de maneira lúdica a relação do expectador com o universo estético dos gramados e da bola. 

As cores em Dionísio del Santo e o acervo bibliográfico do MAES

Para valorizar o acervo do próprio museu, a reabertura do MAES também será abrilhantada com a exposição "A Cor de Dionísio" com 12 gravuras do artista que dá nome ao museu. Ele é um dos artistas cujas obras fazem parte do acervo de mais de 600 peças do MAES, como Nice Avanza, Raphael Samu, Maurício Salgueiro e Elpídio Malaquias. 
Outra novidade na noite de quinta-feira é a exposição "O Diverso do Acervo", uma mostra de livros, catálogos e periódicos relacionados às artes visuais. A partir de sexta-feira (02), o acervo bibliográfico estará disponível para consultas do público, que será orientado por um bibliotecário de plantão de terça a sexta-feira, de 9 às 13 horas e de 14 às 18 horas.

O MAES passa a ser aberto ao público de terça a sexta-feira, de 9 às 18 horas, e sábados, domingos e feriados (exceto Natal e Carnaval), de 10 às 17 horas. 

Histórico

O Museu de Arte do Espírito Santo - Dionísio Del Santo - MAES, Patrimônio Cultural do Estado do Espírito Santo, pertencente à estrutura organizacional da Secretaria de Estado da Cultura (Secult). Está sediado em um prédio tombado pelo patrimônio do Estado, que existe há mais de 80 anos. O prédio foi construído a partir do projeto arquitetônico do tcheco Joseph Pitilick e concluído em 1925. Foi inaugurado no dia 18 de dezembro de 1998. Na ocasião foi feita uma homenagem ao artista que nomeou a instituição: o capixaba Dionísio Del Santo.

Localizado no Centro de Vitória, capital do Espírito Santo, o MAES já sediou no passado o "Serviços de Melhoramentos", órgão responsável pelo planejamento urbanístico da cidade. Posteriormente acolheu várias instituições públicas estaduais como o Diário Oficial, setores da Secretaria de Administração e dos Recursos Humanos e a Secretaria da Fazenda.

O prédio foi cedido ao Departamento Estadual de Cultura (DEC) em 1987. Atendendo a uma antiga reivindicação que mobilizou intelectuais e artistas capixabas, o DEC resolveu abrigar a sede de um museu no antigo edifício. Em 1990, iniciou-se a reforma do edifício a partir do projeto das Arquitetas Maria Cristina Coelho Duarte e Clemir Meneghel, com assessoria do crítico de arte Paulo Herkenhoff e da museóloga Margareth de Moraes.

O Museu de Arte do Espírito Santo Dionísio Del Santo está técnica e fisicamente preparado para receber exposições nacionais e internacionais, possuindo uma área expositiva com cinco salas e hall, distribuídos em dois pisos, uma Biblioteca que tem aproximadamente 3.000 títulos na área de artes plásticas, patrimônio e museologia, constando de livros, revistas, catálogos, vídeos, DVDs e fotografias, além de um auditório com capacidade para 40 pessoas.



Nenhum comentário:

Postar um comentário