domingo, 4 de março de 2012

HISTÓRIAS CRUZADAS


Histórias Cruzadas é aquele filme típico de concorrentes ao Oscar que te arrancam lágrimas não por ser triste, mas por ser uma linda história de superação moral de seus personagens.
A qualidade desse filme é incrível. É realmente perfeito tudo do começo ao fim! E confesso que, mesmo adorando a Meryl, torcia muito para Viola Davis levar a estatueta de melhor atriz , porque o trabalho dela é majestoso, e majestoso também, é o trabalho de Octavia Spencer (empregada Minny) que felizmente levou a estatueta de atriz coadjuvante, Bryce Dallas Howard (patroa Hilly) e Emma Stone ( a jornalista Skeeter).
O filme relata o drama das empregadas negras nos Estados Unidos durante a conturbada luta pelos direitos civis em meados do século passado. Mas o clima de Histórias Cruzadas não prioriza o social dessa luta, mas sim, trilha um caminho dos mais intimistas, priorizando as questões pessoais das personagens em detrimento de eventos históricos e políticos que poderiam tornar-lo mais épico e, consequentimente menos próximo.
Somos apresentados então a Abileen (Viola Davis) e a ela nos apegamos do inicio ao fim, pois seu mundo é super conturbado. São demonstrações de preconceitos absurdas por parte dos patrões, rejeições e opressões, algumas partindo delas mesmas. Não se consideravam dignas de andar com brancos, partilhar dos mesmo objetos com os brancos ou até mesmo conversar com eles, quem diria, contar o que elas passavam. E esse panorama mudou quando Skeeter se mostrou pronta a ouvi-las e entender melhor essas domésticas, que faziam os papéis das mães brancas e criavam seus filhos.
O filme desenrola portanto, com uma linha bem íntima nas personagens priorizando seus sofrimentos, seus conflitos, suas mágoas, mas também suas vitórias e superações. As atrizes escolhidas para esse filme, fazem um papel tão lindo e perfeito que é por isso que o filme deu certo. E o dar certo é fazer com que direção, atores e produção trabalhem junto para que o filme se torne inesquecível.


O diretor e roteirista Tate Taylor soube extrair o melhor de seu elenco, momentos em que choramos com elas, odiamos elas e rimos com elas, são momentos de um filme que mereceu sem dúvida concorrer ao Oscar e mais ainda de tê-lo ganho! Mas como nem tudo na vida é perfeito, e o filme mesmo, deixa isso bem claro, a vida segue com sofrimentos e alegrias, derrotas e vitórias e Histórias que se Cruzam, para nunca mais serem as mesmas.

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