sexta-feira, 9 de março de 2012

"LICENÇA CRÔNICA": CARLOS ALEXANDRE DA SILVA ROCHA


Carlos Alexandre da Silva Rocha nasceu em Vitória-ES em 1988. Escreve desde os treze anos de idade e tem como influências Drummond e os escritores simbolistas. Em 2008, lançou, pela Lei Rubem Braga, o livro de poemas “Um homem na sombra”, que aparentemente se coloca aos olhos do leitor como algo simples. Entretanto, como o livro versa sobre as angústias humanas, ele torna-se não tão fácil de ser encarado. Carlos Alexandre é formado em Letras-Português pela UFES e escreve no Blog Pierrô crônico (www.pierrocronico.blogspot.com). Confira, abaixo, a crônica “Uncle Sam contra o Irã”:

Uncle Sam contra o Irã

Uncle Sam chamou todos os seus comparsas para a reunião no Pontógono (antigamente era conhecido como Pentágono, mas como eles nunca saem do mesmo ponto...). Uncle Sam estava vestido como de costume, cartola e fraque nas cores do seu country. Ao seu redor se encontravam seus assessores da guerra: mister Killer e Hylárya Píton.

– Olá, lady and gentleman, convoquei os senhores para elaborar nossas estratégias para the war.

Ao ouvir essa palavra, mister Killer sentiu arrepios em sua espinha. Sir Killer também é conhecido popularmente como diabo, entretanto adotou uma nova aparência... Agora ele é de um tipo musculoso, mas sem chifres para evitar as piadinhas, como: lá vai o corno, o chifrudo! Sabe... A imagem estava demasiadamente gasta, ninguém mais se assusta com um tipo vermelho e de chifres rodando por aí, vão pensar que é carnaval fora de época e vão perguntar onde comprou o abadá e cantarão em coro as vogais de um axé fora de moda. Já o loiro musculoso de olhos azuis pode até passar por mocinho da história, ele já estava cansado de ser o malfeitor.

– Men, vamos fazer a guerra contra o Irã, Síria... Vamos chupar o petróleo daquele Country como se bebe coca-cola no canudinho.

Hylárya Píton ficou vermelha e questionou como eles fariam isso. Uncle Sam respondeu que ele sempre tinha bombas escondidas na cartola (tão escondidas que até hoje procuram-nas no Iraque...).

No mais, eles tinham El Diablo Ramadi, conhecido como a lenda (lenda às vezes lembra coisas boas, outras, desgraças), nas horas vagas trabalhava como o exterminador do futuro das pessoas. Para dominar o mundo eles iriam utilizar de todas as técnicas, como a utilização dos Drones (avião não tripulado) e alguns viciados em joguinhos maléficos.

Uncle Sam falava entusiasmado todo o seu plano diabólico, com as verdinhas pingando no nariz (não o dólar, mas as secreções nasais advindas de uma gripe cachorrina na economia mundial).

Uncle Sam, Hylárya Píton e Mister Killer comemoram com a abertura de uma cidra (a recessão chegou até na casa white...). Logo estariam mijando em alguns cadáveres por aí, além, é claro, de sugar todo o petróleo que puder.

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