Chegou sua vez de concordar os discordar da Academia Hollywoodiana de Cinema. Pra você O Artista mereceu, ou não, levar cinco estatuetas pra casa? A partir de amanhã saberemos. Foram necessários alguns Oscar, inclusive o de Melhor Filme e Melhor Ator para Jean Dujardin (foto acima), para O Artista finalmente chegará às salas do Estado na próxima sexta, com quase um mês de atraso em relação à data de estreia nacional.
Mudo e em preto e branco, o filme do diretor Michel Hazanavicius conta parte da trajetória fictícia de George Valentin, um astro do cinema do início do século passado. Por uma certa arrogância, ele não acreditava que a arte falada tivesse força para enterrar o cinema mudo e nem sequer tenta se adaptar à nova realidade.
Quando o som finalmente domina os cinemas, Valentin acaba relegado ao ostracismo enquanto assiste a ascensão de Peppy Miller, uma fã cuja carreira decolou após alguns filmes com o ex-astro. Isso, somado à quebra da bolsa de valores de Nova York em 1929, deixa o ator sem dinheiro e sem perspectivas de trabalho. A única que ainda parece se importar com ele é justamente Miller, que nunca se esqueceu do que ele fez por ela.
O filme pode causar certa estranheza a princípio, mas logo conquista. O Artista encanta justamente por resgatar a ingenuidade e a magia do cinema do início do século. A trama é simples, sem grandes mistérios, e o espectador só "ouve" aquilo que o diretor acredita ser importante para a história. Assim, por mais que os personagens dialoguem em cena, apenas algumas dessa falas surgem em tela. Muito mais que um exercício de estética e linguagem, O Artista faz uso de uma fotografia incrível para prestar uma singela e bela homenagem à sétima arte.
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