Neste sábado aconteceu em Brasília o espetáculo 'Renato Russo Sinfônico', evento que tinha como grande momento a aparição de um holograma com a imagem do cantor. Confira a crítica do Outros 300 acerca do show.
Uma marca rentável
Ainda hoje Renato Russo rende muito dinheiro e, por isso, eventos de qualidade duvidosa como o de sábado acontecem.
Ainda hoje Renato Russo rende muito dinheiro e, por isso, eventos de qualidade duvidosa como o de sábado acontecem. O "espetáculo" 'Renato Russo Sinfônico' tinha como grande momento a aparição do eterno líder da Legião em um holograma. Tecnologia somente feita no exterior até então.
Má escolha dos interpretes e das canções
Sandra de Sá, a primeira artista ao entrar no palco, fez questão de salientar que não "estava ali de paraquedas", pois conhecia Renato e suas músicas. Afirmara, ainda, que havia, tempos atrás, gravado a forte "Mais do mesmo" em um de seus lp's. Então porque cargas d'água que a droga da mulher esqueceu metade da letra?
Aliás, não foi só demérito de De Sá esquecer a letra. Ivete Sangalo, Jerry Adriani, Fernanda Takai e Zizi Possi também esqueceram trechos das músicas que cantaram. Não foi só o esquecimento dos artistas que desagradou. A falta de sintonia entre os cantores, a banda e a orquestra era tanta que pareciam que eles nem sequer haviam ensaiado em alguns momentos.
Bancado em partes pela Multishow, o evento tinha que contar com os jabás das Organizações Globo. Logo a vencedora do 'The Voice', Ellen Oléria, e a "eterna global" Ivete Sangalo, que em nada tinha a ver com a história de Renato ou da Legião estavam lá, batendo ponto. Pelo menos a azezeira, enquanto lembrou a letra, cantou bem. A menina do 'The Voice' deu raiva. Acho que eu cantaria melhor "Teatro dos vampiros".
A gente não se vê (e ouve) por aqui...
Aliás, falando da TV a cabo... A Multishow continua provando que é péssima na apresentação de eventos na qual ela organiza. Foram vários os problemas técnicos. Seja no próprio show (espectadores diziam não ter ouvido a orquestra), seja em casa, com vários deleis e interrupções por falta de sinal.
Pelo menos o povo vaiou legal a Multishow e isso a incompetente emissora não conseguiu abafar em seu som ambiente.
Renato Rocha subiu ao palco e continuou mostrando que ainda não está recuperado de seus problemas. Apesar de ter mais acertado do que errado os acordes de 'Que país é este?', o ex baixista insistiu em cantar, com uma voz terrível, os trechos da música. O público, que aceita qualquer migalha que envolva Legião, até tentou dar uma força.
O holograma
Bem... Quem viu ao vivo na TV não viu. Por mais paradoxal que seja, só quem acompanhou a reprise do especial (a TV decidiu reprisar por "respeito" aos fãs) é que de fato conseguiu vê-la. Eu vi um pouquinho depois. No 'Fantástico', à noite, no dia seguinte. Pelo menos, pelo que vi, realmente foi bonito, mas não fiel (só eu achei que o holograma parecia de outra pessoa menos do Renato?).
Dado Villa Lobos e Marcelo Bonfá? Não, não estavam lá. Quando é que as pessoas vão entender que a Legião são os três e que a história do Renato se funde a dos outros dois integrantes? Enfim... A Legião vence sempre. Vence até um espetáculo nas coxas.
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