segunda-feira, 1 de julho de 2013

CRÍTICA DE 'RENATO RUSSO SINFÔNICO'

Neste sábado aconteceu em Brasília o espetáculo 'Renato Russo Sinfônico', evento que tinha como grande momento a aparição de um holograma com a imagem do cantor. Confira a crítica do Outros 300 acerca do show.

Tecnologia traz holografia do cantor Renato Russo em show que o homenageia neste sábado (29), em Brasília. (Foto: Guto Zafalan)

Uma marca rentável
Ainda hoje Renato Russo rende muito dinheiro e, por isso, eventos de qualidade duvidosa como o de sábado acontecem.

Ainda hoje Renato Russo rende muito dinheiro e, por isso, eventos de qualidade duvidosa como o de sábado acontecem. O "espetáculo" 'Renato Russo Sinfônico' tinha como grande momento a aparição do eterno líder da Legião em um holograma. Tecnologia somente feita no exterior até então.

Má escolha dos interpretes e das canções

Sandra de Sá, a primeira artista ao entrar no palco, fez questão de salientar que não "estava ali de paraquedas", pois conhecia Renato e suas músicas. Afirmara, ainda, que havia, tempos atrás, gravado a forte "Mais do mesmo" em um de seus lp's. Então porque cargas d'água que a droga da mulher esqueceu metade da letra?  

Aliás, não foi só demérito de De Sá esquecer a letra. Ivete Sangalo, Jerry Adriani, Fernanda Takai e Zizi Possi também esqueceram trechos das músicas que cantaram.  Não foi só o esquecimento dos artistas que desagradou. A falta de sintonia entre os cantores, a banda e a orquestra era tanta que pareciam que eles nem sequer haviam ensaiado em alguns momentos.

Bancado em partes pela Multishow, o evento tinha que contar com os jabás das Organizações Globo. Logo a vencedora do 'The Voice', Ellen Oléria, e a "eterna global" Ivete Sangalo, que em nada tinha a ver com a história de Renato ou da Legião estavam lá, batendo ponto. Pelo menos a azezeira, enquanto lembrou a letra, cantou bem. A menina do 'The Voice' deu raiva. Acho que eu cantaria melhor "Teatro dos vampiros".

Cantores se revezaram no palco em show que homenageou Renato Russo neste sábado (29) em Brasília. (Foto: Guto Zafalan)

A gente não se vê (e ouve) por aqui...

Aliás, falando da TV a cabo... A Multishow continua provando que é péssima na apresentação de eventos na qual ela organiza. Foram vários os problemas técnicos. Seja no próprio show (espectadores diziam não ter ouvido a orquestra), seja em casa, com vários deleis e interrupções por falta de sinal.

Pelo menos o povo vaiou legal a Multishow e isso a incompetente emissora não conseguiu abafar em seu som ambiente.

Renato Rocha subiu ao palco e continuou mostrando que ainda não está recuperado de seus problemas. Apesar de ter mais acertado do que errado os acordes de 'Que país é este?', o ex baixista insistiu em cantar, com uma voz terrível, os trechos da música. O público, que aceita qualquer migalha que envolva Legião, até tentou dar uma força.

O holograma

Bem... Quem viu ao vivo na TV não viu. Por mais paradoxal que seja, só quem acompanhou a reprise do especial (a TV decidiu reprisar por "respeito" aos fãs) é que de fato conseguiu vê-la. Eu vi um pouquinho depois. No 'Fantástico', à noite, no dia seguinte. Pelo menos, pelo que vi, realmente foi bonito, mas não fiel (só eu achei que o holograma parecia de outra pessoa menos do Renato?). 

Dado Villa Lobos e Marcelo Bonfá? Não, não estavam lá. Quando é que as pessoas vão entender que a Legião são os três e que a história do Renato se funde a dos outros dois integrantes? Enfim... A Legião vence sempre. Vence até um espetáculo nas coxas.

 

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