Kristen Stewart. Manda bem no papel
Esqueçam a estória infantil bobinha (será tão bobinha assim?) que os irmãos Grimm criaram. "A Branca de Neve e o Caçador", de Rupert Sanders traz uma versão muito mais sombria e violenta da história consagrada pela Disney.
Na trama, o caçador Eric (Chris Hemsworth, o Thor) é contratado pela malvada rainha Ravenna (Charlize Theron) para encontrar Branca de Neve (Kristen Stewart). A rainha deve consumir o coração da jovem para, assim, adquirir a beleza eterna. O caçador, claro, percebe estar do lado errado da luta, se apaixona pela heroína e passa a integrar a resistência. Os anões, agora oito e todos com nomes de imperadores romanos, também estão presentes. São eles os responsáveis por mostrar ao caçador o que realmente acontece naquele mundo.
Liderado por Kristen Stewart, o elenco é um dos pontos fortes do filme. A presença da bela no cartaz é uma faca de dois gumes. Por um lado é capaz de atrair os olhares juvenis empolgados com a franquia "Crepúsculo", mas, ao mesmo tempo, pode afastar quem a associa apenas a produções juvenis, especialmente a saga "Crepúsculo".
Aqui, pelo menos, ela vai bem. Sua Branca de Neve cresce durante a projeção, passando de uma jovem indefesa a uma guerreira forte e capaz de liderar. Seus companheiros também não fazem feio. Hemsworth faz o papel do espectador dentro do filme. É a partir das observações de seu personagem que o público passa a compreender melhor o que se passa em tela. É uma pena, porém, que ele veja sua importância diluída nos últimos 30 minutos de projeção, quando passa a ser apenas um coadjuvante nas batalhas. Um papel também imposto a Sam Clafin, que interpreta o Príncipe.
A beleza de Charlize Theron é uma das atrações do filme.
Charlize Theron, linda como pede o papel, é outra que também poderia ser mais bem aproveitada. Após um início marcante, a Rainha é deixada um pouco de lado para o desenvolvimento da história de Branca de Neve. Como se tornou praxe em todos os filmes do gênero desde o sucesso da trilogia "O Senhor dos Anéis", "A Branca de Neve e o Caçador" possui conflitos grandiosos. Por se tratar de um filme de grande orçamento, as criaturas, os figurinos e os cenários são incríveis, assim como a coreografia dos combates, salvo um ou outro momento "Piratas do Caribe", ou seja, com mais preocupação na dança dos corpos e espadas do que na brutalidade da guerra.
Apesar de ser acima da média dos blockbusters da temporada de verão no Hemisfério Norte, o filme perde a oportunidade de subir um degrau ao se levar a sério demais, ao invés de brincar com os próprios conceitos.
Veja o trailer do filme:
* Fonte Cinepipoca, cinepop. R7 e gazetaonline
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