Lucas Albani nasceu em Vila Velha – ES. Formado em Comunicação Social
- Publicidade e Propaganda pela UFES. Possui pós-gradução em Comunicação Integrada
e Novas Mídias. O autor nos revela: “Escrevo desde 2006, já escrevi mais poemas,
hoje escrevo nessa linha meio crônica, meio prosa, meio um estilo próprio contestador, confesso que já nem sei
definir e não gosto de me prender a nenhum protocolo. Gosto de escrever
para sempre deixar alguma mensagem, que muitas vezes não é tão clara em meio ao
caos do dia-a-dia da gente. Escrever é imortalizar a ideia, é empalhar o
pensamento”. Servidor Publico da ALES, trabalha
também com consultoria em comunicação e design. Confira, abaixo, a crônica “Meus chinelos”:
MEUS CHINELOS
Não criarei contendas
ao mal que me transparece. Não é a melhor saída. Virar-te-ei as costas como
quem vai embora, baterei as solas dos sapatos e se areia deles cair, mostrará a
minha indiferença. Fico do lado de cá pensando: por que as relações precisam
ser a ferro e fogo? Por que a simplicidade não pode ser a base do ser humano?
Por que criticar é mais fácil do que elogiar? Por quê?
Talvez o problema seja
o eu de cada indivíduo, o ego. Que muitas vezes é muito mais eu do que
indivíduo. Que é tão complexo que o próprio ser humano, em toda sua
complexidade, não é capaz de entendê-lo. Acredito no pensar em conjunto. Fundamental,
mas, contraditoriamente, raro hoje. Por que não mudar o contexto? Por que não
fazer diferente? Por que não regarmos o ego com um pouco de empatia? Quem sabe
não nasçam bons frutos. É... Quando esse chão árido passar, não quero ser outra
pessoa.
Só quero calçar meus
chinelos. Quero ter os pés leves e despreocupados. Quero os ter sem o peso da
cobrança desnecessária para criar novas coisas, para criar melhores atos. Ser ainda
o mesmo, ou melhor, mas calçando chinelos. Depois fico um pouco descalço,
contando com a digna prudência de um chão firme.
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