CRÍTICA DO FILME 'TODO MUNDO EM PÂNICO 5'

O quinto filme da franquia 'Todo mundo em pânico' chegou aos nossos cinemas na última sexta-feira. Caracterizado por satirizar sucessos do momento no cinema, o filme chega, ao que parece a sua última etapa. Confira a crítica do Outros 300 acerca do filme.

Em busca da graça perdida

Quinto filme da série é, disparado, o mais sem graça da franquia

Quando surgiu, a franquia 'Todo mundo em pânico' fez um absurdo sucesso. Apesar de outros filmes de parodia já terem sido lançados, a saga era, disparado, a mais lucrativa. Principalmente porque o primeiro e o segundo filmes foram realmente muito engraçados e tiro certo para rir, especialmente para os fãs de paródias. Inicialmente, quem capitaneava o projeto eram os irmãos Wayans, até saída da trupe na terceira edição.

Acredito que os irmãos Wayans tenham saído porque perceberam que o número de filmes paródias aumentaram em propulsão, a qualidade caiu e, principalmente, que o público cansou deste tipo de filme. Tanto que já na quarta edição da saga, sem os Wayans,  o nível já tenha caído tanto, chegando ao quinto, disparado, o pior da série. Depois deste fiasco (em bilheteria também) acho muito pouco provável que uma sexta edição saia do papel.

A trama

Não há trama! Talvez um remendo de citações roteiristicas, por assim dizer, de 'Mama' ou 'Atividade paranormal', mas não há muito bem como saber ao certo. 

 

Crítica

O filme é chato, e não tem absolutamente nenhum momento engraçado. Talvez um ou outro instante em que você force a risada, mais por pena do que pela graça do que é exibido. De interessante talvez somente a primeira cena em Lindsay Lohan e Charlie Sheen, interpretando a si próprios, se autoparodiam. Nada tão inovador, uma vez que as piadas que ambos contam já foram elaboradas na internet há muito tempo. Mas pelo menos a cena é original e vale pela coragem de ambos em admitir suas falhas de forma bem humorada.

Depois disso o filme acaba, pois não podemos chamar o restante de filme. O que ocorre é uma sucessão de cenas que parecem se repetir. Fica dificil achar graça de alguém dar uma cabeçada em algum lugar, ou tomar uma frigideirada, sei lá, quando isso acontece 20 vezes. Fora as desnecessárias cenas escatológicas que, acredito, não devam fazer nem um menino de 5 anos dar risada.

O esquisito é que as cenas realmente se repetem várias vezes. Por exemplo como quando, ainda na cena inicial, não para de surgir gente entrando debaixo do lençol; quando os dois caras estão na cabana e tiram armas infinitas; quando o protagonista é levado pela ambulância algumas vezes; ou já no final do filme, naquela piada que as moças falam as palavras do mal, e depois tiram o feitiço, repetindo até a exaustão piadas que originalmente já não são boas, e que repetidas dessa maneira cretina causam qualquer coisa menos vontade de rir.

O elenco

É de dar pena. Ashley Tisdale é irritante, principalmente porque ninguém a disse que ela não precisa fazer cara de idiota, pois ela já o é naturalmente.  Simon Rex parece que vem piorando com tempo. Antes ele era medíocre, aquele beira o terrível. Bateu a maior saudade da Anna Ferris.

A "menos pior" interpretação do filme é exatamente de Lindsay Lohan e Charlie Sheen que "quase" conseguiram interpretar a eles bem, mas, para isso, ainda faltam virar bons atores.

Citações

Se você quiser jogar dinheiro fora e ver o filme pelo menos busque, para distrair, achar as citações da qual o filme faz. Dentre elas estão: Atividade Paranormal, Mama, A Morte do Demônio, Cisne Negro, A Origem, O Segredo da Cabana, A Hora Mais Escura, Planeta dos Macacos - A Origem, 127 Horas, O Dia em que a Terra Parou. Sobra até para Cinquenta Tons de Cinza, e Gangnam Style e para a combinação "mortal" de Mentos com Coca-Cola.