Em 1932, Cage ingressou na universidade, mas, desiludido com as condições de ensino, abandonou-a dois anos mais tarde. Viajou então para a Europa, em 1935, primeiro a Paris, e depois a Mallorca, onde começou a pintar e compor.
De volta aos Estados Unidos, compôs músicas para textos da escritora Gertrude Stein e o coro da tragédia "Os Persas", de Ésquilo, improvisadas no piano.
Estudou em Nova York, com Cowell, e em 1934, retornou a Los Angeles, onde se tornou aluno de Schönberg. Dessa época, datam suas primeiras composições, escritas num sistema atonal que ele mesmo criou. Em Seatlle, em 1937, passou a trabalhar criando composições para companhias de dança, atividade que a que se dedicaria também em São Francisco (39), Chicago(41) e Nova York (42), como a de Merce Cunningham.
Em 1938, Cage fundou uma orquestra de percussão. Data dessa época a criação do piano preparado, "prepared piano", em que utilizou cortiças, pedaços de madeira, de papel e outros materiais entre as cordas do piano, transformando-o numa orquestra de percussão. Criou peças de concerto também para o novo instrumento.
John Cage começou a inclinar-se às filosofias orientais, especialmente o zen-budismo, incorporando vários de seus elementos às suas composições. Determinado a remover qualquer intencionalidade em suas composições, chegou a usar jogar moedas para determinar eventos. A apresentação de suas obras o aproximou da performance, como em "Música aquática".
Acrescentou elementos de aleatório, indeterminação e invenção de novos padrões musicais Em "Paisagem Imaginária nº 4", de 1951, Cage reuniu 24 aparelhos de rádio ligados, aleatória e simultaneamente, por doze executantes. John Cage foi autor de dois livros de grande repercussão, "Silêncio" e "Um ano desde segunda-feira", em que expõe suas concepções musicais, que viriam a assinalar uma grande ruptura em toda a tradição musical.
Nos últimos cinco anos de vida, Cage compôs mais de 60 obras, cujos títulos refletem o número de excutantes envolvidos., tal como em Four, para quarteto de cordas (1989), Twenty-Six, para 26 violinos (1992), e 108, para uma grande orquestra (1991).
Os seus livros, compostos de conferências e contos, assumem por vezes os princípios de construção aleatória da sua música, destacando-se Silence (1961), A Year From Monday (1967), Empty Words (1979), e X (1983).
Em 1968, foi eleito para o Instituto da Academia Americana e para o Instituto de Artes e Letras. Em 1986, recebeu o Doutoramento Honorário em Artes pelo Instituto das Artes da Califórnia.
Faleceu em Nova Iorque, a 12 de agosto de 1992.
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