A série de jogos de luta Street Fighter completou nesta quinta-feira (30), 25 anos de existência. Nascida nos fliperamas e com versões para consoles anos mais tarde, ela pode ser considerada a série de luta mais popular da atualidade, conhecida até mesmo por quem não é jogador e com personagens que já estão no imaginário popular, como a dupla de amigos Ryu e Ken.
Lançada em 30 de agosto de 1987, a primeira máquina de Street Fighter foi criada por Takashi Nishiyama e Hiroshi Matsumoto, com uma proposta bem simples. No primeiro jogo era possível controlar apenas um personagem – Ryu -, que ficava encarregado de enfrentar todos os oponentes que surgiam fase após fase. Era possível jogar com Ken no modo de dois jogadores.
Primeira versão. Gráficos simples
Hoje, com mais de cinco séries principais e dezenas de títulos já lançados, Street Fighter é uma das marcas mais importantes nos games, com cerca de 33 milhões de jogos vendidos e mais de 500 mil unidades de fliperamas comercializados no mundo todo.
Sucesso nos games, mas nos cinemas...
Enquanto as versões do jogo Street Fighter levava rios de dinheiro para os cofres da Capcom, suas adaptações cinematográficas eram um fracasso! O filme Street Fighter: A Lenda de Chun-Li, por exemplo, venceu o prêmio “Annual Golden Tomato Awards” como pior filme de 2009, pelo site Rotten Tomatoes. O filme é tão ruim que recebeu a nota 3,9 de 10 no ranking pelos usuários do IMDB.
Mas porque é tão ruim assim? Porque o jogo foi completamente descaracterizado. O roteiro não segue a estória do jogo, Ryu e Ken não aparecem, apesar de serem os protagonistas do game, os atores não se parecem nenhum pouco com os personagens, Bison não usa a roupa clássica e parece mais um chefe da máfia, dentre outras coisas terríveis para os fãs.
Van Damme "mata" a série
Porém, o campeão das más adaptações é: Street Fighter: A Batalha Final. O filme é o clássico dos clássicos dos filmes ruins baseados em games. Imagine a cena: Van Damme no papel de Guile lutando contra Raul Julia interpretando M.Bison (se fosse o Gomez Addams duvido que o Van Damme venceria).
O filme não segue em momento nenhum a estória do jogo. O personagem principal foi alterado de Ryu e Ken (que aqui são meros ladrões) para Guile porque ele é interpretado por Van Damme que não se parece com nenhum dos dois protagonistas. Logo a solução mais prática, e bizarra, foi simplesmente trocar o protagonista. Entendeu a lógica? Nem eu. Desrespeito dez e nota zero dos fãs.
Street Fighter em desenho. Muitos desencontros
Há, na verdade, quatro animes oficiais lançados: "Street Fighter II - The Animated Movie" (1994), "Street Fighter Alpha - The Animated Movie" (2001) e "Street Fighter Alpha: Generations" (2005), além do anime de "Street Fighter IV" de 2009. São considerados "oficiais" uma vez que foram lançados com aval da Capcom, inclusive encomendados por ela. Mas isso não quer dizer, necessariamente, que eles sejam parte oficial do enredo dos jogos, funcionando apenas como obras baseadas e tendo vários de suas cenas servindo de inspiração para possíveis acontecimentos nos jogos (leia mais sobre Street Fighter II The Movie).
Veja algumas cenas
A série mais famosa, chamada de "Street Fighter II - V" (apelidada de Victory) e que passou aqui no Brasil pelo sbt, não faz parte desse "pacotão" lançado pela Capcom, sendo um anime baseado na série Street Fighter, mas lançado por empresas particulares.
Nos EUA, o filme lançado e a série de desenho dão como protagonistas o personagem Guile. Há muita diferença entre Street Fighter no Japão e nos EUA. Até mesmo os jogos sofrem com as estranhas mudanças de nomes (no Japão é Street Fighter Zero e nos EUA é Street Fighter Alpha; ou mesmo os personagens: Balrog (JAP)-Vega (EUA), M.Bison (JAP)-Balrog (EUA), Vega (JAP)-Bison (EUA) e Gouki (JAP)-Akuma (EUA);).
Seja por qual nome for ou por qual má adaptação cinematográfica passar 'Street Fighter' estará para sempre na memória de todo garoto que já deu pelo menos um shoryuken na vida!
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