Jocilane Rubert é graduanda em Publicidade e Propaganda, colunista do Portal Iuuk, integrante da coletânea de poesias intitulada “8 vezes poeta” e autora do blog Grafia Cosmopolita. Confira, abaixo, o poema “Fênix”:
Fênix
Em um caminho de rosas
Furei-me em um espinho
Em um imenso oceano
Afoguei-me em uma gota
Curei as feridas,
esqueci das cicatrizes.
Lindas amigas!
Pequenas meretrizes!
Apaguei a fogueira,
esqueci as cinzas.
Pequenas faíscas,
consumiram toda madeira.
Construí um castelo de cartas,
e me tornei rainha.
O inimigo me destronou,
meu castelo desmoronou.
Encontrei um esconderijo!
Da mentira fiz um abrigo.
Criei uma realidade,
encenei a felicidade.
O arqueiro acertou o alvo!
Águas em uma represa.
O caçador capturou a presa!
Paguei um preço alto.
Coração prisioneiro,
vigiado pelo medo.
Liberdade engaiolada,
pássaro com asas quebradas.
Diante de uma encruzilhada
desferiram-me um golpe letal.
Enjaulada como uma fera,
internada como insana mental.
Mas sou sobrevivente de guerra;
sou flor que brota das pedras;
sou oásis no deserto;
sou sol que erradia no inverno.
Do fracasso sou o inverso.
Ressurjo das cinzas,
sou fênix,
queimo as feridas!
Renasço como Osíris.
Sou forte como um touro!
Peregrina do arco-íris,
no fim encontro o ponte de ouro.
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