Desde 2009, quando espantou o mundo com sua voz poderosa após interpretar lindamente a música "I Dreamed A Dream", tema do musical "Os Miseráveis" (1980), Susan Boyle virou um fenômeno musical. Em novembro daquele ano, a cantora lançou o primeiro disco, que recebeu o mesmo nome da canção que a consagrou, e em um mês se tornou a maior vendedora de álbuns do ano, superando os 10 milhões de cópias vendidas mundialmente.
Depois, em 2010, chegou a vez de lançar um álbum natalino, "The Gift". Cumprindo a promessa de lançar um disco por ano, eis que Susan Boyle aparece com o terceiro trabalho inédito, chamado de "Someone To Watch Over Me", lançado pela Sony Music.
A cantora continua apostando em releituras de alguns clássicos já bastante conhecidos. E, em certos momentos, até acerta. O disco abre com "You Have To Be There", um lindo tema composto pela metade masculina do extinto grupo sueco ABBA, Benny Andersson e Björn Ulvaeus.
O diferencial do disco é oferecer, pela primeira vez, canções originais: "This Will Be The Year" e "Return", músicas cheias de leveza. Steve Mac é quem assina a produção do álbum. Uma das canções que mais desperta a curiosidade é "Enjoy the Silence", composição de Martin Gore lançada em 1990 pelo grupo inglês Depeche Mode. Os fãs dela e do grupo ficaram na expectativa. Mas o resultado ficou interessante. Susan também regravou "Mad World", do Tears For Fears.
Apesar da visão positiva da maioria dos críticos Boyle passa longe de ser um fenômeno de talento. Sua performance parece marcante porque é o tempo todo contrastado com a falta de beleza, jovialidade e carisma da escocesa e, por isso, transparece que ela é mais talentosa do que é na verdade. Ser bonita - ou feia no caso de Boyle - não deveria ser requisito para o sucesso. Ainda sim ela é, indiscutivelmente, razoável quando coloca sua voz em algum trabalho. Apesar dos pesares vale a pena dar uma conferida no novo cd dela, pelo menos a crítica especializada gostou...
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