Izabela
Bravin, 17, capixaba e canela
verde, ateia, vegetariana, feminista, simpatizante do comunismo, pretende
cursar filosofia, adora chás e cafés amargos, gosta de andar pelada em casa,
faz bolo aos domingos e morre de vergonha do que escreve. Confira, abaixo, o
poema “Para Vitória”:
PARA VITÓRIA
por lá
dentre tantos morros
há um rei -dizem-
em cada praia
uma marina
fazendo amor
em cada saia
uma menina
um congo, um tambor
é lá
casinha branquinha
por sobre a penha
dizendo "olá" a quem vem do mar
é lá que mora o Espírito Santo
de frente pro mesmo mar
do cais de Iemanjá
é lá que mora a paz
junto à menina Vitória
atrevidinha
que mora no mar
que estende as mãos
à prima velhinha
"me segura , que quero boiar"
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