Paloma Paz Miranda, 18, politicamente incorreta, porque rebelde
é muito mainstream, estuda na escola Francelina Carneiro
Setubal. Gosta muito de escrever, e de ler, mesmo não tendo lido
tantos livros por falta de acesso. Atualmente, está trabalhando em uma
série que envolve uma nova galáxia, e um novo jeito de ver a vida. Quem quiser
conhecer alguns textos, acesse www.palomapaztexto.tumblr.com. Qualquer
sugestão ou comentário: palomapazm@gmail.com.
Confira, abaixo, o poema “River os sorrow (uma nota perdida)”:
River
of sorrow (uma nota perdida)
Há uma cor azeda no céu,
Antes fosse a saudade da chuva,
E a chuva, a saudade do chão.
Como lábios vermelhos
que não podem ser tocados.
Como espelho que não consegue refletir.
Eu vi alguém que eu não vejo há anos.
Em meus sonhos, em meus olhos,
Algo tem corroído a iris.
E o sorriso que nunca foi meu
Será que perceberam?
Quando olhos sem rostos me olham,
estremeço, sinto-me afundar no chão,
e curvar-me sobre meus joelhos.
A terrível noção de quem eu sou.
Um buraco profundo no vazio.
E o sol acorda as manhãs,
Como uma criança.
A fim de levá-la para um passeio.
O dia, num piscar de olhos.
Num cerrar de dentes,
Bonito em sua própria agonia.
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