Izabela
Bravin, 17, capixaba e canela
verde, ateia, vegetariana, feminista, simpatizante do comunismo, pretende
cursar filosofia, adora chás e cafés amargos, gosta de andar pelada em casa,
faz bolo aos domingos e morre de vergonha do que escreve. Confira, abaixo, o
poema “Pode voltar”:
PODE VOLTAR
pode correr pelas bocas
dos becos
pelos corpos curvos
pelos copos sujos
colecionar amores
cair no chão
quando teu nome for "solidão"
o meu será "pode voltar"
pode passar pelo perigo
com beijos na boca
com os baixos no bar
pode brigar comigo
me botar louca
morar no boteco
só não pode deixar de voltar
e eu que não tenho fé
por você,
aprendi rezar
e quando ninguém mais quiser
quando a porta bater
eu sei que você volta
e sempre vai voltar
inda sim
chamarei "lar".
pelos corpos curvos
pelos copos sujos
colecionar amores
cair no chão
quando teu nome for "solidão"
o meu será "pode voltar"
pode passar pelo perigo
com beijos na boca
com os baixos no bar
pode brigar comigo
me botar louca
morar no boteco
só não pode deixar de voltar
e eu que não tenho fé
por você,
aprendi rezar
e quando ninguém mais quiser
quando a porta bater
eu sei que você volta
e sempre vai voltar
inda sim
chamarei "lar".
Profundo !
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