“Nem vem tirar meu riso frouxo com algum conselho/que hoje eu passei batom vermelho”. Os versos de “Velha e Louca”, música que abre o álbum “Pitanga”, refletem a atual fase de Mallu Magalhães. Desprendida, desapegada, livre, genuína e intuitiva. Ela se diz velha aos 20 anos; mas a loucura é, na verdade, a transgressão: Mallu virou mulher e deixa isto claro em sua nova postura, acompanhada de novo visual, e, principalmente, em suas composições. É esta paradoxal artista que estará no Teatro do Sesi, em Vitória, neste fim de semana. Saiba mais sobre Mallu e sobre o show em questão lendo a matéria completa.
Mallu Magalhães apresenta a turnê do disco 'Pitanga' em Vitória
De menina prodígio revelada pela internet a cantora sensual, cantora faz show no Teatro do Sesi
De menina tímida que se escondia atrás de um violão e cobria os lábios com gaitas e risadas nervosas, ela se revela segura de si e das músicas que compõe. Esta é a Mallu Magalhães que se apresenta neste sábado, dia 23, no Teatro do Sesi, como parte do projeto Luzes e Aplausos.
Mesmo com o amadurecimento tão claro para quem a acompanha desde a fase “Tchubaruba”, ela explica que vê tudo com naturalidade. Em entrevista, Mallu confessa que suas metamorfoses são iguais a de todo mundo. “O tempo passa, e as pessoas mudam. O que muda mesmo é que, para mim, isso acaba sendo transmitido em composições. Tenho essa necessidade de me expressar por meio da música. É algo intrínseco”, diz.
Intrínseco e sincero. A nova Mallu é bonita, surpreendente e, ao mesmo tempo delicada. Agridoce. Assim como a pitanga, fruta da qual ela tomou o nome para batizar seu álbum, lançado em 2011. “Pitanga” agrega à musicalidade de Mallu influências que vão além do country, folk e do blues, ritmos que fizeram sua carreira. O álbum apresenta pitadas de bossa nova, samba, MPB e pequenos toques (sinos, campainhas e outros barulhinhos deliciosos), que, pelo que explica Mallu, foram escolhidos de acordo com sua própria intuição e a de Marcelo Camelo (músico, integrante da banda Los Hermanos e seu namorado), ao lado dos coprodutores Victor Rice e Fernando Sanches. “Foram toques selecionados coletivamente, frutos de muito trabalho e diversão. Começamos a gravar com poucas canções encaminhadas, a maioria foi nascendo dentro do estúdio”.
Cena
Apesar de ter acabado de atingir os vinte anos, Mallu Magalhães espera, no futuro, ser uma velhinha que continua a fazer música. Sem grandes pretensões por agora, ela quer mesmo experimentar, brincar e amadurecer. Em “Pitanga”, Mallu tocou bateria e acredita que o processo de gravação resultou em muito aprendizado. “Sinto que ‘Pitanga’ é como se fosse meu primeiro disco, meu marco zero. É muito grande ver pessoas respondendo positivamente a algo que significa tanto para mim”, revela.
Sem medo de se expor, ela diz não ver problemas em cantar sobre o que vê através de seus olhos, agora constantemente pintados com delineador. “O único jeito que consigo fazer música é com o coração. Qualquer coisa que fugisse disso não seria genuíno para mim.”
Luzes e Aplausos apresenta: Mallu Magalhães
Quando: Sábado, às 20h
Onde: Teatro do Sesi (Rua Tupinambás, 242, Jardim da Penha, Vitória)
Informações: (27) 3334-7300
Retirado de: A Gazeta
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