sexta-feira, 20 de julho de 2012

NESTA SEMANA ESTRÉIA NOS CINEMAS "CHERNOBYL"


"Chernobyl" explora medo nuclear com criaturas mutantes

Quem acredita que já viu todas as possibilidades de filmes de terror feitos com uma câmera na mão, em estilo falso documentário, que se prepare para uma nova dose de imagens tremidas e desfocadas em "Chernobyl", com roteiro e produção de Oren Peli, um dos responsáveis pela franquia de sucesso "Atividade Paranormal". 

Que os acontecimentos envolvendo o acidente nuclear na usina de Chernobyl, na Ucrânia, em 1986, dariam um bom caldo para filmes de horror já era previsto. Nada mais excitante para um roteirista hollywoodiano do que juntar no liquidificador ingredientes como contaminação nuclear, cidades fantasmas, zumbis e seres mutantes.

Mas o que também já era previsível é que um filme nesse estilo, destinado ao público adolescente, não acrescentaria nada ao que já foi feito no gênero.

"Chernobyl" se arrasta durante uma hora e meia e, de fato, nada traz de horripilante e digno de sustos. Tudo é previsível e extremamente entediante, até o final que deixa em aberto uma possível continuação, como já é praxe do mercado.

Dois casais desfrutam de férias na Europa. Viajam pela Itália, França, Alemanha e pretendem encerrar com chave de ouro na Rússia, incluindo uma visita inusitada, digna de roteiros bizarros e radicais, a Pripyat, na Ucrânia, vizinha da usina nuclear de Chernobyl, que virou uma cidade fantasma depois da catástrofe.

Chris (Jesse McCartney) quer aproveitar a viagem para pedir sua namorada, Natalie (Olivia Taylor Dudley) em casamento; Paul (Jonathan Sadowski), o irmão impetuoso de Chris, está acompanhado de Amanda (Devin Kelley), mas ela não quer nenhum envolvimento afetivo.

Na agência de viagens de Uri (Dimitri Diatchenko), que os levará a Pripyat, encontram outro casal de turistas - a norueguesa Zoe (Ingrid Bolso Berdal) e o australiano Michael (Nathan Phillips). A cidade abandonada é bloqueada por um posto militar, mas Uri consegue burlar a vigilância entrando por um atalho secundário. A radiação no local é baixa e, teoricamente, não apresentará riscos se o grupo sair em poucas horas.

O que parecia uma aventura sem grandes consequências, no entanto, mudará de figura quando o carro de Uri deixar de funcionar. Com a chegada da noite, eles são obrigados a se proteger no veículo. Uri tem uma arma e decide sair do carro em busca de socorro. Chris também sai, mas é atacado por algum animal que ninguém, nem o espectador, consegue ver. Tudo é muito rápido. O rapaz consegue ser socorrido, mas Uri desaparece. Com um grave ferimento em uma das pernas, Chris é um obstáculo para a locomoção rápida do grupo.

O local está infestado de cães e a primeira reação da plateia é imaginar que esses animais não são normais. Afinal, vivem soltos em Chernobyl, expostos à radiação, e mutações genéticas estão presentes no imaginário coletivo.

Essa é a grande dúvida que o filme vai explorar daqui para a frente, durante a tentativa de fuga da cidade abandonada. Sem meios de comunicação, com o carro avariado, só resta ao grupo tentar chegar ao posto militar a pé. Dispõem apenas de um revólver, barras de ferro e algumas lanternas que serão responsáveis pela parca iluminação do ambiente.

Já vimos essa correria e as mesmas lanternas em "A Bruxa de Blair" mas, naquele filme, não havia o perigo radiativo, apenas a ameaça sobrenatural. Resta apostar em quem vai conseguir sobreviver para contar a história e permitir o início de uma nova franquia. Para isso, é preciso ficar de olho na bilheteria.

Típico filme de baixo orçamento, com elenco desconhecido e diretor iniciante (Bradley Parker), rodado na Sérvia e na Hungria, abriu a bilheteria americana com quase US$ 8 milhões. Financeiramente, o resultado não é ruim, mas comparado aos US$ 52 milhões arrecadados por "Atividade Paranormal 3" no lançamento americano, é desanimador. Esse sim foi um susto para os produtores.

Veja o trailer

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