sexta-feira, 13 de julho de 2012

REALMENTE O ROCK AND ROLL NUNCA MORRE

Foto: Divulgação

Que data melhor do que nesse dia 13 de julho para dar uma notícia muito interessante aos fãs de cinema, rock e Legião Urbana. A primeira boa notícia é que o filme "Somos Tão Jovens" baseado no inicio da carreira de Renato Russo já tem data para a estréia (11 de outubro). A segunda é que, contrariando Raul Seixas que disse que "o rock morreu em 1959", o rock and roll nunca morre. Não entendeu? É porque os filhos Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá montaram uma banda. Não se sabe se os legionariozinhos terão/tem o mesmo talento dos pais, mas só de saber que o legado do bom rock brazuca está sendo passado adiante já nos enche de esperança.

Foto de perfil
Thiago Mendonça será Renato Russo

Estava tudo certo: Nicolau Villa-Lobos e João Pedro Bonfá (primeira foto) fariam no cinema os papéis de seus pais, guitarrista e baterista da Legião Urbana, respectivamente. Quis o destino que, às vésperas do início das filmagens de ‘Somos Tão Jovens’, longa que estreia em 11 de outubro e vai contar os primórdios da Legião e de outros grupos de Brasília (veja o trailer teaser abaixo), uma infecção no braço tirasse o filho de Marcelo Bonfá da empreitada.

Foto: Amanhã faremos uma homenagem ao Dia Mundial Do Rock. Ainda não podemos falar o que é, mas envolverá as primeiras imagens de Renato, Fê Lemos e Petrus em Somos Tão Jovens.

Pode avisar todo mundo!
#RockSempre!
Filme contará a história de Renato Russo e de seus amigos da época como Fê Lemos e Petrus

“Faltava só uma semana para começar a rodar e eu tive que ser hospitalizado. Eu pedi, insisti muito com minha mãe, mas ela não deixou”, lamenta, resignado, João Pedro, 24 anos, filho também da atriz Isabela Garcia.

Sem maiores problemas. Em seu lugar entrou um amigo, Conrado Godoy, ex-integrante de sua banda, a Big Nice, que acaba de ganhar um reforço: ninguém menos que... o próprio Nicolau Villa-Lobos. Então, se não vai ser no cinema, a união dos filhos legionários poderá ser conferida nos palcos. No próximo domingo, eles estreiam a nova formação com show no La Esquina, na Lapa. 

“Eu já gostava do grupo. Aí, eles foram gravar no estúdio do meu pai, que se amarrou, e até deu várias dicas de guitarra. Eu fiquei lá junto, tentando acrescentar também. E quando saiu um cara da banda, eles me chamaram”, comemora Nicolau Villa-Lobos.

O quinteto é formado ainda por João Pedro Roche (guitarra), Dudu Sattamini (baixo) e Donato D’Angelo (teclado), todos com idades entre 23 e 25 anos. O nome Big Nice surgiu por acaso. “Era um boteco que nem sei se ainda existe, em Copacabana. Nunca fomos lá, mas o nome era maneiro”, explica João Pedro Bonfá.

O repertório mistura músicas próprias, clássicos do rock e, claro, Legião Urbana. “Nosso som é pop, mas não o pop do Skank ou do Jota Quest, que são grupos que respeito, mas não é o que a gente faz!”, define Bonfá. “Nosso pop é o de grupos como o Queen. Da Legião, devemos tocar ‘Soldados’ e ‘Tempo Perdido’”.

Geração coca-cola

Além do repertório e do talento dos músicos, a Big Nice promete chamar a atenção por ter em sua formação dois filhos de ídolos de uma geração. A Coca-Cola, no caso. “Eu levo isso de ser filho de um integrante da Legião Urbana numa boa”, conta Nicolau. “Na faculdade, uns amigos mais velhos piram, e vivem falando que são fãs do meu pai”.

Capitão Nascimento

Não dava para encontrar os filhos dos integrantes da Legião Urbana e não perguntar sobre a polêmica participação de Wagner Moura no recente Tributo à Legião Urbana, da MTV. Na ocasião, o ator e dublê de cantor dividiu opiniões sobre sua performance no vocal.

“O legal foi justamente o fato de ele não ser um cantor profissional. Era um cara neutro, mas que se entregou ali no palco como poucos poderiam ter feito”, defende João Pedro Bonfá.

Nicolau Villa-Lobos faz coro. “Burro é o cara que achava que ele ia cantar que nem o Renato Russo, que é um dos melhores cantores que já apareceram. A entrega do Wagner Moura foi total”, avalia. “Um momento emocionante aconteceu outro dia, quando fui almoçar com meu pai e adivinha com quem eu dei de cara na casa dele? Com o Capitão Nascimento!”.

Emoção forte viveram os fãs, no tal tributo à Legião, quando os músicos improvisaram no final um sucesso que não estava ensaiado: ‘Faroeste Caboclo’. “Fui eu quem disse que eles tinham que tocar essa!”, revela Nicolau. “Vi uma galera cantando os nove minutos da canção, do lado de fora do teatro, e sugeri que seria demais se rolasse. Em seguida, eles estavam lá no camarim relembrando os acordes”.

Nicolau Villa-Lobos: 'Parecia que estava revivendo a história'

“Filmar o ‘Somos Tão Jovens’ foi incrível! Até porque estudo Cinema, na PUC. Foram dois meses em Brasília e um em Paulínia, onde revivemos cenas reais, que aconteceram de verdade, como, por exemplo, o clássico primeiro show do Aborto Elétrico, que foi a banda que deu origem à Legião Urbana, na lanchonete Food’s, em cima de um caminhão. Também rodamos uma cena que foi um show da Legião na casa da família Lemos, dos irmãos Flávio e Fê Lemos, que acabaram formando o Capital Inicial. Fomos à própria casa onde os pais deles ainda moram.

Tinha muita gente jovem reunida, e ficamos todos do elenco muito amigos. No final de cada dia de filmagens, a gente ia para o hotel e ficava tocando e cantando clássicos da Legião Urbana. Como todo mundo entrou em uma mesma sintonia, tiveram momentos surreais. Parecia que a gente estava de fato revivendo a história, não apenas como atores. Quando voltei para casa, contei tudo para meu pai, que também se emocionou. Antes de filmar, eu usei ele como laboratório.

A cena mais emocionante, na minha opinião, é quando tocamos ‘Ainda É Cedo’. Nesse momento, o Renato Russo, vivido pelo ator Thiago Mendonça, reencontra sua melhor amiga, para quem ele fez a composição.

Posso garantir que ‘Somos Tão Jovens’ vai ser um filme extremamente musical. Todos os atores são músicos de verdade. A gente tocou quase 20 canções, sem nenhum playback. O som que vai ser ouvido no cinema é o que rolou de verdade lá na hora. Quem cuidou disso foi o Carlos Trilha, que é um superprodutor musical, e que, como se não bastasse, tocou na Legião Urbana”.

Banda em família

João Pedro Bonfá não foi para Brasília filmar ‘Somos Tão Jovens’. Mas nem por isso ficou de bobeira. Enquanto as filmagens rolavam por lá, ele entrava em estúdio para ensaiar as músicas do novo trabalho do pai, a banda Corações Perfeitos, na qual se reveza com os outros integrantes em diversos instrumentos.

O grupo estreou no Dia dos Namorados, com show no Teatro Rival.

“Toco guitarra, baixo e bateria”, enumera João Pedro, que na Big Nice responde apenas pelos tambores. “Eu estava meio desanimado com a guitarra, mas ultimamente voltei a gostar. Na Corações Perfeitos é onde eu curto essa onda”.

O grupo é formado ainda pelo músico Thiago Antunes. “O João tem uma ótima presença de palco, só que gosta de uns rocks meio ‘farofas’, tipo Guns ‘N’ Roses, mas estou fazendo uma lavagem cerebral nele”, brinca o pai, Marcelo Bonfá.

Veja o trailer teaser abaixo:


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