No decorrer dessa
semana, publicaremos, em três partes, o texto “O comunismo moral-prático do
século 21”,
de Luís Eustáquio Soares, que foi publicado no Site do “Observatório da
Imprensa”. Confira a 2ª parte do artigo:
[...]
Os saberes e os poderes
Até os começos da modernidade, o topo da
pirâmide das e nas relações de poder foi ocupado pelo conhecimento
estético-expressivo, primeiramente sob o signo da linguagem falada por
aristocratas, ícones eles mesmos de todo saber de prestígio, com seus poderes
justificados por teologias, na suposição de que o modo como falavam fosse a
copia encarnada da fala dos deuses; um saber estético-expressivo aristocrático
que delirava estar fundamentado teocraticamente; segundamente, por sua vez,
pela escrita alfabética, inaugurando um longo período de conhecimento
estético-expressivo de dominância grafocêntrica tão avassaladora que a escrita
alfabética passou a existir, ser apresentada, como se fosse todo o conhecimento
estético-expressivo possível. Com isso, mais alguns nós opositivos foram
acrescentados, como eco, na relação entre opressor e oprimido, a saber:
alfabetizado versus analfabetizado; inteligente versus burro; civilizado versus
bárbaro, num contexto em que o opressor, justificado teologicamente a sê-lo, é
também o alfabetizado, que é o inteligente, que é o que sabe falar, que é o
civilizado, que é, portanto, o que está no direito de combater os bárbaros,
burros, analfabetas.
Como a modernidade pode também ser
definida como um período histórico em que o poder torna-se indissociável do
conhecimento cognitivo-instrumental, de seu controle e efetivo uso, produtivo e
militar, pela burguesia, uma mutação importante ocorreu na ordem dos
conhecimentos, na virada da Idade Média para Idade Moderna, a saber: o
conhecimento cognitivo-instrumental gradativamente foi ocupando o topo da
pirâmide e o estético-expressivo, por sua vez, de forma não menos gradativa,
foi sendo deslocado para uma posição intermediária, com a permanência, obviamente,
do conhecimento moral-prático na base da pirâmide, carregando todos os poderes
nas costas.
O esquema abaixo mostra como se deu a
relação entre o poder e as formas predominantes do conhecimento, antes e após o
advento da modernidade:
Primeiro Quadro: Ordem dos saberes
e dos poderes “até” a Idade Moderna
Conhecimento estético expressivo | - Razão teológica usada para
exprimir e justificar os lugares sociais, as práticas e os saberes; - A aristocracia e o clero se apresentam como os representantes de Deus na Terra; - O conhecimento estético-expressivo circunscrito à escrita alfabética é a base ou a referência a partir da qual tanto a aristocracia quanto o clero se expressam, expressando a si mesmos |
Conhecimento cognitivo-instrumental | |
Conhecimento moral-prático |
Segundo Quadro: Ordem dos saberes
e dos poderes “a partir” da Idade Moderna
Conhecimento cognitivo-instrumental | - Gradativa perda de espaço social da
aristocracia e do clero; 2.Crise da razão teológica inscrita na perspectiva estético-expressiva da aristocracia e do clero; - Emersão de uma gradativa visão laica da vida; - uma gradativa consciência agônica da morte -definitivamente controlado pelo poder burguês a partir da Revolução Burguesa. |
Conhecimento estético-expressivo | |
Conhecimento moral-prático |
A produção da modernidade no plano
dos conhecimentos
A emersão do conhecimento
cognitivo-instrumental, como a referência central do mundo dos valores e da
produção, impôs uma perda de espaço social gradativa e contínua da escrita
alfabética.
A literatura, para ficar num exemplo, em
oposição às belas letras, surgiu, sempre gradativamente, através da perda de
prestígio da escrita alfabética. Esta decaiu, como linguagem
estético-expressiva de referência, porque a aristocracia e o clero, castas que
dominavam a escrita alfabética, também decaíram. É possível definir a
literatura, nesse sentido, como um campo discursivo que se volta contra seu
suporte, a escrita alfabética, seja desconstruindo-o, seja debochando de seus
valores clássicos, de seu sistema de prosódias aristocráticas, seja, por outro
lado, propondo um intenso diálogo com o conhecimento moral-prático,
incorporando seus valores, suas demandas, suas dissonâncias e enchendo-se,
portanto, de mundos.
Dom Quixote (1615), obra do escritor espanhol Miguel de
Cervantes (1547-1616), sob esse ponto de vista, inaugura o discurso literário,
liberando-se da referência centralizadora do poder aristocrático e clerical.
Não é circunstancial que o protagonista da narrativa, Dom Quixote, sendo nobre,
é a pessoa de quem se ri, o que equivale a rir do conjunto da aristocracia e
seus valores.
Por outro lado, a relação entre Dom
Quixote, o louco nobre letrado, e o personagem Sancho Pança, como perfil do
conhecimento moral-prático, na narrativa de Miguel de Cervantes, dá o tom do
futuro do conhecimento estético-expressivo no decorrer da modernidade: será
usado para trapacear e fazer promessas ao conhecimento moral-prático, como
ocorre na relação entre Dom Quixote e Sancho Pança ou estabelecerá um efetivo
diálogo promissor com o conhecimento moral-prático, produzindo uma verdadeira
transculturação literária, social, econômica, política, epistemológica?
A partir da modernidade, portanto, temos,
como possibilidade para a produção da própria modernidade, no plano dos
conhecimentos: 1) O conhecimento cognitivo-instrumental continuará separado dos
demais, aprofundando cada vez mais seu poder sobre os demais e sobre o mundo;
2) O conhecimento cognitivo-instrumental estabelecerá um pacto com o
conhecimento estético-expressivo, a fim de encurralar mais e mais o
conhecimento moral-prático, dominando-o e domesticando-o; 3) O conhecimento
cognitivo-instrumental estabelecerá um pacto com o conhecimento moral-prático
empurrando para o lixo da história a empáfia meritocrática do saber
estético-expressivo, reduzido à escrita alfabética; 4) O conhecimento
estético-expressivo se submeterá ao conhecimento cognitivo-instrumental,
seguindo seus passos e compassos e, ao mesmo tempo, trairá a si e ao
conhecimento moral-prático; 5) o conhecimento estético-expressivo passa ou
passará a dialogar apenas consigo mesmo, produzindo, por exemplo no campo das
ciências humanas, saberes centrados em si mesmos, segmentados, para iniciados;
6) o conhecimento estético-expressivo estabelece um pacto com o conhecimento
moral-prático e, por consequência, ambos, o conhecimento moral-prático e o
estético-expressivo, vinculado à escrita alfabética, articulam-se para se
apropriarem do conhecimento cognitivo-instrumental produzindo uma verdadeira
revolução; 7) O conhecimento moral-prático se apropria do conhecimento
cognitivo-instrumental e destrona de vez os valores aristocráticos e burgueses
do conhecimento estético-expressivo, forçando-o a reaver a si mesmo; 8) o
conhecimento moral-prático se apropria do conhecimento estético-expressivo rumo
à apropriação do conhecimento cognitivo-instrumental, mudando a face do mundo
tornando-o ao mesmo tempo moral-prático, estético-expressivo e
cognitivo-instrumental; 9) o conhecimento moral-prático se isola tanto do
conhecimento cognitivo-instrumental e do estético-expressivo, tornando-se presa
fácil igualmente de ambos.
As práticas e os saberes sem
separação
A história da modernidade até os dias de
hoje é inseparável da relação entre os conhecimentos, tal como descritos acima.
Destaque-se, a propósito, que todas as relações ocorreram, mas as predominantes
foram: 1) o conhecimento cognitivo-instrumental, sob o domínio burguês, cooptou
o conhecimento estético-expressivo, vinculado à escrita alfabética, que passou
a produzir saberes ratificando a territorialidade burguesa do conhecimento
cognitivo-instrumental; 2) O conhecimento estético-expressivo produziu saberes
auto-referenciais, voltados apenas para si, desdenhando do diálogo estratégico
com conhecimento cognitivo-instrumental e principalmente do diálogo necessário
com o conhecimento moral-prático.
Todas as tentativas do conhecimento
moral-prático de produzir livremente seu próprio destino foram esmagadas, seja
no centro do sistema-mundo, como ocorreu na Comuna de Paris (1871), seja na
periferia, como se deu, tendo em vista alguns exemplos advindos do Brasil, em
Quilombo dos Palmares (1655-1695) e na comunidade de Canudos (1896-1897). Ambas
tentativas de produção de liberdade protagonizadas pelo conhecimento
moral-prático foram brutalmente massacradas, sendo esta a palavra de ordem que
se espalhou por todos os lados no mundo: o conhecimento moral-prático é sempre
exemplarmente massacrado quando se rebela e procura produzir linhas de fuga num
mundo extremamente hostil, que milenarmente o condena a ser às costas sobre as
quais o peso dos poderes se instala e refestela.
A questão de base, esfíngica, portanto,
desde sempre, para os poderes instituídos, é: o conhecimento moral-prático deve
ser tomado, sequestrado, vilipendiado. Talvez o maior equívoco das tentativas
de produção de sociedades socialistas, no século 20, advenha do fato de que em
nenhuma delas houve protagonismo efetivo, em perspectiva, do conhecimento
moral-prático, no seu sentido mais evidente: acabar de vez com a separação dos
conhecimentos, produzindo um conhecimento moral-prático comum, pela simples
razão de que tudo vem e advém do mundo moral-prático, que deve romper com todos
os degraus da pirâmide social, a fim de dilatar a horizontalidade de tudo, em
tudo, num imenso e cosmológico espaço liso, fora de todo parasitismo dos
espaços estriados, hierárquicos.
O desafio do socialismo do século 21, que
eu prefiro chamar de comunismo do século 21, portanto, é este: a produção de um
mundo em que o conhecimento moral-prático incorpore o cognitivo-instrumental e
o estético-expressivo, ressingularizando-os a fim de que expressem a vida
comum, sem separação entre as práticas e os saberes. O comunismo do século 21 é
o comunismo moral-prático através do qual a questão de base é mesmo a base, o
reino das necessidades: a alimentação, a saúde, a educação (moral-prática, bem
entendida), a moradia digna, a satisfação individual (ou de grupos)
indissociável da coletiva, a vida, enfim, comum, produzindo, no comum, entre
comuns, o comum – o comunismo do século 21.
Uma dimensão cultural domesticada
Como os poderes instituídos escutam e
auscultam os fluxos presentes e futuros do conhecimento moral-prático, eles
procuram, como é de se esperar, antecipar seus passos a fim de surpreendê-los
nas encruzilhadas não apenas os reprimindo, quando é o caso, mas também e antes
de tudo produzindo a farsa de um mundo moral-prático, como se fosse possível o
comunismo moral-prático dentro do capital, a serviço do capital, rendido ao
capital.
Procurando antecipar a necessidade vital
do comunismo do século 21, sob a batuta do conhecimento moral-prático, através
do qual tudo se torna moral-prático, a pós-modernidade do capital, das
corporações, produziu o teatro mundial da sua farsa, a saber: o sistema
midiático planetário como suporte da cultura de massa mundial. Eis aí a farsa
do comunismo moral-prático do século 21.
A carta na manga que institui mundialmente
essa farsa é a cultura, vivida de forma separada, sobretudo da dimensão
econômica. A cultura separada é o cenário mundial do comunismo da cultura de
massa do século 21, iniciado no século 20. Sempre de forma separada dos outros
planos da vida, como o econômico e o político, o comunismo cultural da cultura
de massa produz a mentira de uma democracia mundial supostamente protagonizada
pela cultura moral-prática, de tal maneira que todos, independente de seu
perfil socioeconômico, são transformados em cultura moral-prática, rompendo,
por exemplo, a separação entre o erudito e o popular, a partir da farsa de que
tudo é popular, de que todos somos populares, no campo exclusivo da cultura
esquadrinhada pelas tecnologias cognitivo-instrumentais de comunicação.
Esse arranjo mundial do comunismo
moral-prático do século 21, reduzindo-o a uma domesticada dimensão cultural,
supostamente moral-prática, só foi possível porque ele é instituído a partir do
pacto entre o conhecimento cognitivo-instrumental, ligado às novas tecnologias
de comunicação, com o conhecimento estético-expressivo. O que ocorreu e está
ocorrendo é que o conhecimento cognitivo-instrumental das tecnologias de
informação produziu, sob o domínio do capital, a linguagem do conhecimento
estético-expressivo dominante no mundo todo, que não se inscreve, como suporte,
obviamente, na escrita alfabética, mas na da cultura de massa como farsa de um
comunismo cultural moral-prático.
A cultura de massa
O que está em jogo, em plena construção experimental,
é a montagem de um teatro mundial de afirmação do comunismo moral-prático da
cultura de massa como estratégica montagem levada a cabo com o propósito de
compensar e ao mesmo tempo de evitar, antecipando, as lutas populares
necessárias para a construção da única vertente possível do comunismo que pode
salvar a humanidade, o comunismo moral-prático do século 21. Este, além de
assumir o protagonismo do conhecimento cognitivo-instrumental e
estético-expressivo, quebrando a espinha dorsal da hierárquica relação entre
homem e natureza, inventando-se permanentemente, não pode admitir sua redução à
dimensão cultural separada das outras esferas da vida. Por isso o comunismo do
século 21 tem como princípio não a concepção de cultura predominante nos tempos
atuais, fundamentalmente separada e reduzida a si mesma, mas a cultura como o
conjunto da práxis humana, que festeja antes de tudo a produção de sua
liberdade em relação ao jugo do conhecimento cognitivo-instrumental em sua
versão mais funesta; a produção das tecnologias das armas de destruição em
massa, como a bomba atômica e a de nêutrons, por exemplo.
Resulta daí a importância de sua inserção
política, fundada na percepção clara do objetivo real do comunismo
moral-prático reduzido à cultura de massa, a saber: combater e evitar comunismo
moral-prático do século 21 subjugando-o ao conhecimento cognitivo-instrumental
das tecnologias midiáticas contemporâneas. Estas, como um ventríloquo,
dissimulam o conhecimento estético-expressivo possível para o conhecimento
moral-prático do século 21, como que a dizer, e dizendo efetivamente: o
conhecimento estético-expressivo do comunismo moral-prático é a cultura de
massa mundial.
Temos, assim, a produção desta farsa: o
conhecimento moral-prático finalmente possui seu conhecimento
estético-expressivo valorizado mundialmente: a cultura de massa. Através dele,
de seu conhecimento estético-expressivo, o conhecimento moral-prático pode se
expressar livremente, como suposto sujeito livre de sua produção simbólica, num
contexto em que a verdade é simplesmente a seguinte: o conhecimento
cognitivo-instrumental adquiriu tanta força, em sua complexa dimensão
tecnológica, de alcance planetário, sob a batuta do imperialismo ocidental, que
subjuga sem cessar tanto o conhecimento moral-prático quanto o conhecimento
estético-expressivo, através da farsa da união de ambos – demanda, como vimos,
que estava na base do começo da produção da modernidade.
Um neomarcatismo multicultural
É por isso que o comunismo moral-prático
do século 21 não pode permitir, sob hipótese alguma, este escândalo patológico:
o domínio imperial do conhecimento cognitivo-instrumental das tecnologias
midiáticas – mas não apenas –, porque, caso contrário, não será de fato
comunismo moral-prático do século 21, cuja premissa fundamental é a seguinte:
tudo vem e advém do conhecimento moral-prático, inclusive e principalmente o
conhecimento cognitivo-instrumental; tudo deve ser dirigido pelo conhecimento
moral-prático realmente ativo, porque inventa sem cessar seu conhecimento
estético-expressivo a partir de seu, porque de todo mundo, conhecimento
cognitivo-instrumental. É evidente que essa situação não ocorre no comunismo
moral-prático da cultura de massa, porque nela e através dela o conhecimento
moral-prático é editado pelos interesses comerciais da oligarquia dona das
multinacionais do Ocidente, que é a que controla o conhecimento
cognitivo-instrumental de ponta por todos os lados do mundo.
Esse é o equívoco de base do sociólogo
Hermano Viana, estudioso da cultura funk
carioca e idealizador do programa Esquenta!,
da TV Globo, que costuma atirar sem rumo contra supostos intelectuais elitistas
que, segundo ele, tendem a negar e desqualificar a produção cultural da
periferia do sistema-mundo, a partir do preconceito de que o favelado não é
capaz de criar seu próprio conhecimento estético-expressiva, de forma livre e
digna. Quero crer na boa vontade de Hermano Viana, mas não posso deixar de
assinalar seu equívoco. Esquenta!
é uma concessão da Casa Grande, que controla o conhecimento
cognitivo-instrumental das tecnologias midiáticas, elaborado nos parâmetros
estabelecidos não por Hermano Viana, tampouco pela periferia, mas pela própria
Casa Grande midiática, que controla meticulosamente a prosódia
estético-expressiva do programa, marcada pela mistura de sensualidade
moral-prática e seu convívio com madames cariocas, como se fossem as condições
possíveis do comunismo moral-prático: conviver, fornecendo seu corpo sensual,
com a Casa Grande, eliminando totalmente o litígio, em nome do respeito à
diversidade.
Não falo em nome de supostos intelectuais
elitistas. A própria ideia de intelectual, elitista ou não, é uma aberração
para a perspectiva moral-prática, que é ao mesmo tempo intelectual e sensorial,
sem se limitar à ordem funcional dos discursos e das divisões das práticas e
dos saberes. Imaginemos, para continuar, que pudéssemos, como convidados, fazer
apresentações culturais na ante-sala de Auschiwitz, a fim de alegrar, na hora
do almoço, os diretores e os obedientes soldados da holocáustica prisão, sem
questionar, através de nossas danças, sensualidades, vozes, corpos, a câmara de
gás, a prisão como um todo e, por extensão, o próprio nazismo, em seu
fundamento mesmo. Por mais exagerado que pareça o exemplo fornecido, não é isso
que ocorre no programa Esquenta!?
Onde, dançando, rindo, sambando, cantando funk,
existe questionamento sobre o formato elitista, francamente pró-imperialista,
do jornalismo da TV Globo? Onde o questionamento de sua programação fílmica,
como estratégica propaganda simultânea do american
way of life e das intervenções bélicas americanas, massacrando
povos, em nome do destino manifesto de meia dúzia de plutocratas brancos, donos
de corporações, inclusive midiáticas? Supor que tais questionamentos, e uma
infinidade outros, é ridículo, é igualmente supor que a cultura popular deve
desvestir-se de sua realidade política, em nome de um neomarcatismo
multicultural que concebe a diversidade possível apenas se aceita expressar-se
nos parâmetros do velho plano colonial de mostrar a bunda para inglês ver, que
é o que se transformou o carnaval carioca na sua configuração
apoteótico-midiática.
(Luís Eustáquio Soares)
Confira a 1ª parte do artigo: http://outros300.blogspot.com.br/2013/03/o-comunismo-moral-pratico-do-seculo-21.html
Luís Eustáquio Soares é poeta, escritor, ensaísta e professor de Teoria
da Literatura na UFES.
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