terça-feira, 23 de abril de 2013

LANÇAMENTO DO LIVRO "A VIDA NÃO É JUSTA", DA AUTORA ANDRÉA PACHÁ, EM VITÓRIA.



Livro de juíza da vara de família do Rio de Janeiro relata histórias que ela presenciou em sua rotina diária de trabalho


A juíza da vara de família do Rio de Janeiro, Andréa Pachá, já acompanhou diversos casos envolvendo o dia a dia de várias pessoas. Histórias de amor, traição, ódio, abortos, vários temas que envolvem famílias brasileiras fizeram parte do seu cotidiano. Sempre tendo que ter uma análise profissional e deixar de lado a de uma mulher comum, a juíza Andréa acompanhou diversos finais felizes, tristes e as mudanças da sociedade e da família com o passar dos tempos.

Parte destas histórias fez com que a juíza as relatasse em um livro, onde ela reúne diversos casos que presenciou e conta tudo com uma ótica leve e humana.    O curioso é que a própria juíza teve a ideia de criar um livro a partir de uma mudança nos tempos: as redes sociais. Um dos motivos da criação do livro foi quando Andréa começou a compartilhar as histórias em que trabalhava no Facebook. A partir daí, houve um interesse de cidadãos comuns e amigos da juíza pelos relatos e a sugestão da criação de um livro. “Percebi um grande interesse e uma enorme identificação dos amigos. Parece que de alguma forma, todos já enfrentaram ou enfrentarão os problemas decorrentes do fim do amor. As publicações foram se multiplicando e a transformação em livro foi um processo quase natural”, garante Andréa.

O lançamento em Vitória tem um motivo especial, os amigos que a juíza tem por aqui e também o fato do atual crescimento da cidade. “O crescimento e os avanços da cidade e do Estado tem sido percebidos em todo o país e a formação dos moradores da cidade é muito consistente”, afirma a juíza. O livro já foi lançado no Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre, Florianópolis, Recife e Belo Horizonte. Para Zuenir Ventura, que assina o texto de orelha, “com o material ercolhido, Andréa poderia ter escrito um tratado de Direito, um manual de Psicologia ou um guia de autoajuda comportamental”, garante o escritor.

Sobre a autora

Andréa Maciel Pachá é juíza de Família do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Foi Conselheira do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), responsável pela criação do Cadastro Nacional de Adoção, pela Comissão de Conciliação e Acesso à Justiça e pela implantação das Varas de Violência contra a mulher em todo o país. Presidiu em 2008 e 2009 duas jornadas sobre a Lei Maria da Penha, com objetivo de discutir aspectos doutrinários e traçar políticas para especialização das Varas. Foi vice-presidente de Comunicação da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e integrou a equipe que produziu a Cartilha sobre as novas regras para a adoção. Coordenou a campanha pela Simplificação da Linguagem Jurídica, publicando uma cartilha para entender o juridiquês. Andréa também é convidada para dar palestras sobre casos de violência doméstica e tráfico de mulheres. Foi produtora de teatro e trabalhou com Amir Haddad, Aderbal-Freire Filho, Luis Arthur Nunes e Rubens Correa.

Abaixo, confira uma pequena entrevista com a escritora Andréa Pachá:

1 – Doutora, o que esta obra representa para a senhora? Sabemos que foi por uma rede social que houve o interesse pelas histórias, mas como foi tomar a decisão de escrever um livro para o público em geral?

Durante 15 anos fui  juíza em uma Vara de Família. Observando os mais de 18.000 casais nas audiências, percebia diariamente a riqueza e a densidade dos conflitos naturais da nossa condição humana. O interesse pela publicação das histórias começou há mais de dez anos. Recolhi o material acumulado e, aos poucos, comecei a publicar algumas histórias, em forma de crônicas, no Facebook.
Percebi um grande interesse e uma enorme identificação vindo dos amigos. Parece que de alguma forma, todos já enfrentaram ou enfrentarão os problemas decorrentes do fim do amor. As publicações foram se multiplicando e a transformação em livro foi um processo quase natural.
O que tenho percebido, com a circulação crescente do livro, é que havia uma grande curiosidade, especialmente no que diz respeito às inquietações de um juiz que atua nesses conflitos familiares.
Todos os textos são escritos na primeira pessoa e para mim, foi fundamental ter conseguido expor de maneira tão confessional e íntima a maneira com que assisti às alegrias e às dores individuais e que dizem respeito à nossa humanidade.

2 – Para a senhora devido a participar ( ouvir e decidir sobre) tantas histórias, algumas tristes, outras inéditas, como foi decidir qual expor para os leitores?

Optei por ficcionar algumas histórias que são muito repetidas. É claro que cada processo diz respeito a poucas pessoas. No entanto, os conflitos são muito similares. Amor, ciúme, ódio, ressentimento, traição, enfim, são emoções presentes em inúmeros processos.
Escolhi algumas mais banais, outras mais inusitadas e ainda deixei dezenas de outras histórias que tenho vontade de escrever em um outro momento.
O livro é dividido em quatro partes: Amores líquidos, pais e filhos, realidade ampliada e recomeços. Tanto os problemas conjugais quanto familiares estão presentes nas crônicas. Além de conflitos mais atuais como traição virtual, relacionamentos homoafetivos, paternidade sócio-afetiva, dentre outros.

3 – Existe a possibilidade de um novo livro?

Escrever é  para mim um exercício diário. Parece que o mundo ou a maneira de pensar o mundo ficam mais simplificados quando eu consigo escrever. É como se eu organizasse as idéias pelas palavras. Continuo escrevendo histórias. Se o fluxo dessa produção resultar em outro livro, claro que será publicado.
Não sei, ainda, se em forma de crônicas, romance ou roteiro, mas existe, sim, a possibilidade de um novo livro.

4 – Qual foi o motivo de um lançamento em Vitória? A senhora conhece a cidade? 

Conheço Vitória e tenho amigos que vivem na cidade. Algumas vezes já estive na Escola da Magistratura para palestras sobre Direito de Família. Já lancei o livro no Rio, São Paulo, Porto Alegre, Florianópolis, Recife, Belo Horizonte e, em junho será em Brasília.Vitória não poderia ficar fora desse projeto. O crescimento e os avanços da cidade e do Estado tem sido percebidos em todo o país e a formação dos moradores da cidade é muito consistente.

***

SERVIÇO
Lançamento Livro “A vida não é justa”
Data: 25 de abril
Horário: 19 horas
Local: Livraria Logos do Shopping Norte Sul (Endereço: Avenida José Maria Vivácqua Santos, nº 400 – Jardim Camburi – Vitória – ES).



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