Izabela Bravin, 17, capixaba e canela verde, ateia, vegetariana,
feminista, simpatizante do comunismo, irá cursar filosofia na UFES, adora chás
e cafés amargos, gosta de andar pelada em casa, faz bolo aos domingos e morre
de vergonha do que escreve. Confira, abaixo, o poema “Eu cuido”:
EU CUIDO
onde cê consegue
lugar?
onde cê consegue?
pra guardar
tantas mágoas
enlatadas
pra guardar
tantos "não's" e tantos "nada's"
às vezes não te falta espaço?
e se te faltar
posso ser albergue,
posso ser casinha no nada
porque não?
se entregue!
que eu cuido de esquentar teus pés
que eu cuido de fazer um chá
que cuido de ser quem és
de sarar tanta coisa que dói
que te mói o peito
eu cuido...
até dos descuidos teus.
lugar?
onde cê consegue?
pra guardar
tantas mágoas
enlatadas
pra guardar
tantos "não's" e tantos "nada's"
às vezes não te falta espaço?
e se te faltar
posso ser albergue,
posso ser casinha no nada
porque não?
se entregue!
que eu cuido de esquentar teus pés
que eu cuido de fazer um chá
que cuido de ser quem és
de sarar tanta coisa que dói
que te mói o peito
eu cuido...
até dos descuidos teus.
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