segunda-feira, 11 de março de 2013

FRAGMENTOS DE UM ESTUDO SOBRE "O SOL NO CÉU DA BOCA", DE FERNANDO TATAGIBA.



1

Em um dos momentos conclusivos de Protesto e o novo romance brasileiro, o brasilianista Malcolm Silverman (2000) constata que autores em atividade produtiva à época da Revolução de 1964 em diante abandonam determinado estilo considerado “inocente” de literatura para praticarem uma espécie de “cinismo” literário. Dessa forma, a realidade daquele momento oscilaria entre “a foto e o negativo”, que significa, basicamente, para a literatura, estar entre os estilos de reportagem e de fantasia. Isso se aplica não só ao gênero romance (ao qual Silverman se limita) como também ao conto, que ganha força no Brasil exatamente nesse momento, já que o país passava por transformações e, em meio às agitações políticas, a sociedade também sofria com modificações principalmente no que diz respeito à identidade.

Assim, romancistas já atuantes estreariam uma narrativa mais curta e densa (Autran Dourado, José Louzeiro, Sérgio Sant’Anna, Silviano Santiago, Dalton Trevisan, Rubem Fonseca, etc.), enquanto muitos escritores acabariam ganhando a designação direta de “contistas”. Juntando-se aos mais novos escritores, Luiz Fernando Valporto Tatagiba decide acompanhar de perto a realidade brasileira e, principalmente, uma realidade vivida por moradores da cidade de Vitória. Nascido em São José do Calçado, Espírito Santo, no ano de 1946, o autor sai do interior do estado para atuar nos jornais da cidade, o que mostra conformidade com a sua época (os escritores, em sua maioria, faziam parte das redações jornalísticas dos principais jornais do país). Dessa época, Tatagiba conseguirá extrair tanto a “foto”, como o seu “negativo”, especialmente nos contos de O sol no céu da boca, que serão analisados neste trabalho. Porém, o escritor possui diversas particularidades que não só o coloca à frente da produção literária do Espírito Santo, como também o coloca em relevo na literatura brasileira. Por isso, neste trabalho tento explorar aspectos pouco discutidos na obra de Fernando Tatagiba especialmente porque, de uma fonte tão rica e fértil, que é a sua pequena produção literária, poucos foram os trabalhos que se dispuseram ao profundo da obra. (...)

2

O sol no céu da boca é uma obra que inaugura a Coleção Letras Capixabas (criada pela Fundação Ceciliano Abel de Almeida) e acaba por provocar o surgimento de um novo cenário cultural no estado do Espírito Santo. Podem-se buscar diversas maneiras que decodifiquem o título emblemático do primeiro livro de Fernando Tatagiba, pois nele encontramos o sol, que por vezes é símbolo da criação, da fonte da vida ou da razão; o sol está em determinado céu que não é comum, o céu da boca. É possível surgir da boca ditos de racionalidade articulados pela língua que, por sua vez, se for iluminada pelos raios de sol, possuidores de capacidade intelectiva, terá todo o poder de criar. Por outro lado, a claridade excessiva pode cegar e o calor desmedido pode enlouquecer, enquanto a fala desenfreada também pode ter consequências negativas. O sol tem, portanto, duas faces, como afirma Octavio Paz (1979), pode ser vida, mas pode ser morte. Quando se toma conhecimento de que Vitória é apelidada de “cidade-sol”, torna-se inevitável outra provável associação, que sugere que o autor faz de seu laboratório textual a própria capital, a ilha da criação. (...)
Tatagiba viveu a era febril da ditadura militar (1964-1979), fazendo parte da oposição formada por intelectuais, estudantes, artistas e líderes sindicais. Driblava a repressão, mobilizando-se pelas ruas pouco movimentadas, na companhia de amigos esquerdistas que também lutavam contra a censura e um capitalismo selvagem (José Luiz Teixeira do Amaral). É comum ouvir de quem o conheceu que o escritor sentava à beira das calçadas do centro de Vitória com sua máquina de escrever e se dedicava a observar a gente que por ali passava todos os dias, gente de todos os tipos, pelos quais lhe interessava apenas os mais incomuns. Em conto homônimo ao título do livro, há um personagem que sinaliza sua morte com a seguinte metáfora: “sinto que parto não sei para onde / talvez para o céu de minha própria boca”, atribuindo melancolia à imaginação, que seguirá mesmo além-vida. Portanto, pode-se dizer que O sol no céu da boca aparece com muitos disfarces, sendo necessária uma infiltração absoluta em sua trajetória e na descoberta de seu autor. (...)

Alguns contos que compõem a obra em questão já estiveram presentes em concursos literários, revistas e antologias, como “A Compaixão Segundo...” e “Inquilinos do Vento”, que foram publicados pela Revista Ficção, no ano de 1977, e “Perplexidade”, que está no livro Queda de braço – uma antologia do conto marginal, organizado por
Glauco Mattoso e Nilto Maciel, no Rio de Janeiro, também em 1977. Entretanto, além de ainda ter sua presença marcada nas revistas Bel Contos (Belo Horizonte, 1973), SIM – Conto, poesia e ensaio (Espírito Santo, 1975), e outras, pode-se considerar que Tatagiba tardou a inserir-se nesse cenário literário e, principalmente, a publicar seu primeiro livro, pois já era partícipe da comunidade literária espírito-santense desde os anos 60 e 70 (Deneval Siqueira de Azevedo Filho). Havia um caminho já trilhado quando do seu primeiro livro, cujo conto de abertura, chamado “Começo de batalha”, tornava-se muito apropriado para quem começava, então, como explica Dias Neto (2010), um momento novo.
Isso fica claro quando nos deparamos com seus contos, pois em meio aos contrastes da época, Tatagiba fazia uma literatura nostálgica e sofrida, condizente com a sua concepção daquele mundo paralelo, ou seja, um mundo que se via clandestino e que mantinha ideais de resistência através da arte em geral. No silêncio da literatura tatagibiana, podemos ouvir os gritos de protesto:

JOÃO
A lembrança da Vergonha
1 No princípio era a Vergonha, e a Vergonha estava com os capixabas e a Vergonha era Vitória.
2 Agora, choram-se lágrimas de fogo, e as praças cobrem-se de pederastas e mundanas, e os bares transformam-se em redutos de lésbicas. (TATAGIBA, 1980, p. 31, grifo do autor)

Sendo o “mestre da história curta, ambientando seus textos em um clima de realismo mágico, nostalgia e entusiasmo pela experimentação das possibilidades formais do espaço gráfico” (NEVES, 2000), o escritor ganhava relevo nas atividades literárias que ferviam principalmente na capital. Junto com ele estavam Maria Bernadette de Lyra, Reinaldo Santos Neves, Luiz Guilherme Santos Neves, e etc., autores das categorias conto, crônica, romance e poesia, tal qual nosso autor em destaque, que publicou ainda Invenção da saudade (crônicas, 1982) e Rua (crônicas, 1986); e, postumamente, História do cinema capixaba (documentário, 1988) e Um minuto de barulho e dois poemas de amor (poesias, 1994). (...)
O período sombrio, que escondia o sol da cidade, modelava o tom crítico de Fernando Tatagiba, direcionando sua obra para o questionamento: a) da busca pela sobrevivência; b) da marginalização dos desprezados; c) da memória perdida; d) e do comum generalizado. Vejamos alguns trechos de seu poema intitulado “Vida/Dor/Ida”:

no ônibus
o trocador troca
pacientemente
com a gente
a sua dor

na igreja
o confessor confessa
isoladamente
que a sua dor
é também a dor da gente
(...)

na fábrica
o soldador solda
em sua mente
a sua dor
na dor da gente

na oficina
o medidor mede
provavelmente
a dor da gente
pela sua dor

no bordel
o amador ama
loucamente
a sua dor
odiando a dor da gente
(...)
na cova
o sonhador sonha
intensamente
que acabou a sua dor mas não a dor da gente!

(TATAGIBA, 1994, apud MEMELLI, 1998, p. 111, 112,113).

Serão o ônibus, a igreja, a fábrica, a oficina, o bordel, a cova e tantos outros os lugares frequentados pelos personagens de Tatagiba, a fim de extrair dores e reflexões das mais profundas e, por vezes, satirizadas. Embora utilize, constantemente, em sua prosa, figuras caricaturais e grotescas, o autor lida com a realidade, humanizando seus personagens e injetando críticas letais à linguagem, que acabam por deteriorar tudo o que poderia haver de comum em seus textos. (...)

Com uma carreira produtiva curta, em decorrência de seu falecimento prematuro, Fernando Tatagiba conseguiu deixar marcas significativas para a literatura do Espírito Santo, principalmente em dois aspectos: no que tange o realismo (maravilhoso) e o aspecto formal dos textos. Além disso, constrói uma narrativa com teor expressivo de manifestações sociais, penetrando na realidade mais íntima da vida e, por meio da morbidez e das fantasias noturnas das ruas capixabas, contribui para o desenvolvimento de uma literatura crítica. (...)
Quando publica seu terceiro livro Rua (1986), Fernando Tatagiba escreve, em lugar do prefácio, um texto crítico, intitulado “Por uma Literatura-Povo, por uma Literatura-Rua”, que denuncia a produção capixaba feita por aqueles que são “afastados do povo, das ruas, do cheiro muitas vezes doloroso do ser humano comum da esquina” (TATAGIBA, 1986, p.13). Nesse sentido, podemos dizer também que a literatura tatagibiana pode ser vista como uma crítica (ou manifesto) ao que já havia sido feito no Espírito Santo – por Cláudio Antonio Lachini, Xerxes Gusmão Neto e Carlos Chenier, por exemplo –, uma literatura presa às origens, coberta pela visão saudosista e limitada a exprimir a realidade local, comum aos escritores nacionais do século XIX e depois, reformuladas pelos modernistas no século XX. Isso pode ter contribuído para tão pouco empenho de estudo das obras nascidas no Espírito Santo.
Nessa antologia de 24 contos diversificados no que diz respeito ao seu tema, composto de “violência urbana e o horror da vida burocrática, a solidão e a miséria da vida circense, a patética e desencontrada carência dos travestidos, o absurdo da condição humana diante da morte (...)”, conforme sintetiza o reconhecido escritor João Antônio já no prefácio de O sol no céu da boca, a função social da expressão literária torna-se a principal arma de uma ansiedade que, desesperadamente, precisa revelar sua dor, suas fraquezas. (...)

3

A força expressiva do texto de Fernando Tatagiba tanto no processo de narrar, quanto no aspecto gráfico faz do autor um libertário: aquele que procura uma liberdade absoluta para manifestar sua posição social, política e ideológica. Também a ironia é agente subversivo dessa literatura, cujo teor pós-moderno está imbricado, cada vez mais, à medida que me aprofundo aos contos. (...)
Inserir-se na chamada pós-modernidade (ou ainda, na modernidade tardia8, modernidade reflexiva9, supermodernidade10, etc.) significa buscar o que não foi atingido pela modernidade, sem um sistema de regras aparente. O jogo com paradoxos, fazendo parte da esfera política, através da crítica e da reflexão inerentes à narrativa, esse conjunto caracteriza a perspectiva pós-moderna e, principalmente, é presenciado em todos os contos de Tatagiba por meio do “ex-cêntrico”, do qual nos fala Linda Hutcheon, em A poética do pós-modernismo (1988, p.88): ele é “inevitavelmente identificado com o centro ao qual aspira, mas que lhe é negado”.

A ironia participa ativamente desse processo, sendo tratada pela autora em outra obra, Teoria e política da ironia (2000, p.27), não como “tropo retórico”, mas como “estratégia discursiva que opera no nível da linguagem (verbal) ou da forma (musical, visual, textual)”. Um fator parece contribuir para o desenvolvimento da linguagem e da forma irônica vista no autor capixaba é o contato com o jornalismo-policial, já que trabalhou como datilógrafo, escrevendo para os principais jornais de Vitória-ES (MEMELLI, 1998). Essa influência, da mesma maneira como foi com Lima Barreto e Dalton Trevisan, permitiu que o tom contestatório se afinasse de tal forma que a literatura de Tatagiba viu-se distante de tudo o que havia sido produzido no Estado. (...)
Ler O sol no céu da boca como uma simples obra literária de personagens estranhos e recusar-se a confrontar com as condições tantas vezes silenciadas de expressão e exclusão, nada mais é que uma forma de ignorar o acontecimento da ironia e a extensão que cada conto guarda e revela. É, ainda, desconhecer o prevalecimento de um jogo literário com vistas no político, cuja criação é, por si só, completamente viva.

4

Antoine Compagnon (2009), ao buscar uma resposta satisfatória a respeito da função da literatura, constata que cada vez menos se encontra um espaço para a permanência da literatura, uma vez que os livros didáticos conseguiram substituí-la na escola; a imprensa passou a ignorar a sua presença; o mundo cibernético fragmenta o tempo que antes era disponibilizado para os livros. Enfim, que seja ou não um momento necessário para reflexão acerca da escassez de locais para ter-se literatura, a verdade é que a escola ainda é vista como o caminho para o desenvolvimento da leitura e, estando ou não em crise, o ensino da literatura persiste em todas as salas de aula do Brasil, para não dizer do mundo, e o professor é o principal ator dessa cena escolar, que precisa acostumar-se com os obstáculos para chegar até a literatura propriamente dita.
Diante disso, torna-se necessária uma breve reflexão acerca da relevância deste trabalho, ou melhor, de O sol no céu da boca para a atividade docente. A literatura tatagibiana dá pistas de um tipo de orientação de vida um tanto conturbada e, juntamente com seus aspectos gráficos diferentes, atravessa o padrão estético do conto. Por isso mesmo, deve ser investigada e muito lida, com orientação profissional apta para promover o contato de estudantes das mais diversas idades, muito embora alguns conceitos filosóficos e sociológicos já devam estar solidificados, sendo, portanto, sua leitura melhor direcionada a turmas de 2º e 3º anos do ensino médio. Isso acontece porque o jogo com a ambiguidade, com as diversas faces do insólito, aqui expostas, e com a ironia, fazem dos contos de Tatagiba um arsenal complexo e ilimitado.

Expoente da literatura produzida no Espírito Santo, Tatagiba encontrou na arte pós-moderna uma articulação que termina por tirar as pessoas do estado catatônico social. Tal articulação, feita através do insólito com a ironia, é percebida com a identificação de algumas características marcantes e comentadas ao longo desta análise. Trata-se do grotesco, estranho, incomum, maravilhoso, fantástico, e muitos outros. Para que haja o reconhecimento dessas estruturas literárias, é importante que se assuma, de imediato, “uma perspectiva que o violente o menos possível. Uma perspectiva que respeite a natureza específica de texto, qual seja, o constituir ponto de encontro entre autor e leitor” (LAJOLO, 1993, p.53).

Tomando por base as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) (Parecer CNE/CES nº 492/2001) que dispõe sobre as DCN de diversos cursos de graduação, entre eles o de Letras, entende-se que o papel do professor é orientar o aluno não somente a fim de instituir o ensino de conteúdos pragmáticos, mas ainda formar este aluno de maneira qualitativa. Assim, é necessário que, além do ensino das modalidades cultas de linguagem, os textos escolhidos pelo professor façam também o seu papel de oportunizar a interpretação e o reconhecimento dos diversos sentidos. O ensino da literatura busca por manifestações expressivas, discussões de ordem cultural e histórica, perante determinados momentos e circunstâncias. Por isso, encontrar em Tatagiba um alicerce para as aulas de Literatura Brasileira Contemporânea é possível, uma vez que se trata de um autor com “estilo próprio, que mescla inovação formal elaborada e linguagem coloquial, direta, vocabulário simples e sintaxe descomplicada, tornando seu texto acessível e prazeroso a diferentes leitores, desde aqueles que estão iniciando-se na literatura até aos mais sofisticados” (MEMELLI, 1998, p. 26). Por outro lado, tem-se a problematização da realidade, a crítica implícita no fantástico e no realismo maravilhoso, desarranjos de espaço e de tempo, que fazem dos contos verdadeiras pistas políticas e ideológicas.

De fato, uma leitura superficial de O sol no céu da boca tanto de alunos, como de professores (sim, pois o professor precisa se aprofundar e apreciar a leitura, mas isso nem sempre acontece), seria, no mínimo, injusta. Marisa Lajolo, em ensaio intitulado “O texto não é pretexto” (1993), explica que o texto reclama sua contextualização e discussão de traços característicos da obra, em determinada perspectiva. O papel do professor é, então, encaminhar esse olhar minucioso diante de um fragmento ou de uma obra inteira:
Ler não é decifrar, como num jogo de adivinhações, o sentido de um texto. É, a partir de um texto, ser capaz de atribuir-lhe significação, conseguir relacioná-lo a todos os outros textos significativos para cada um, reconhecer nele o tipo de leitura que seu autor pretendia e, dono da própria vontade, entregar-se a esta leitura, ou rebelar-se contra ela, propondo outra não prevista. (LAJOLO, 1993, p.59)

Cabe ao orientador apenas possibilitar essa “entrega” à leitura, de maneira que a mesma seja livre, mas bem direcionada. É por causa disso também que a leitura aqui proposta instiga o ensino da literatura produzida no Espírito Santo em salas de aula de todo país: é necessário que haja preocupação diante da formação de professores com determinada postura acadêmica, efetivamente humanista e crítica. Assim, por exemplo, ao ser capaz de configurar certa semelhança do conto tatagibiano com o romance de Rabelais, o pesquisador estará buscando novas relações de sentido para o estudo da literatura, porque a intenção rabelaisiana de uma “ironia produtiva que confunde os aspectos e as proporções habituais, que faz aparecer a realidade na supra-realidade, a sabedoria na doidice” (AUERBACH, 2004, p.246) está estritamente relacionado com a forma irônica vista em “Inventário” e “A sombra do cão”. Então, muitos são os subsídios encontrados em Fernando Tatagiba para um curso de literatura, tendo sempre em vista o aspecto complexo com que se lida:
Porque é um fato que qualquer intenção do artista tem de abrir caminho através das malhas de uma rede apertada; toda a obra de arte é o resultado de uma tensão prolongada entre uma série de desejos e uma série de resistências à sua execução – resistências que provêm de motivos inadmissíveis, preconceitos sociais, incompreensão do público, e objetivos que já assimilaram estas resistências ou se mantêm firmemente em oposição a elas. (HAUSER, 1982, p.47)

Essa “rede apertada” é claramente vista nos contos aqui analisados e em todos os outros encontrados em O sol no céu da boca, em que o elemento social é grande pilar para as discussões que surgem ao longo da narrativa. O estudante, ao se defrontar com tal narrativa, poderá compreender a crítica diante da atitude do sujeito, da sua linguagem,
da sua história e da literatura de seu povo. Somente dessa maneira a literatura atingirá sua função primordial e livre.

(Os trechos acima foram retirados do Trabalho de Conclusão de Curso de Sarah Vervloet Soares, intitulado “O Sol imundo e suas sombras: os contos insólitos e irônicos em O sol no céu da boca, de Fernando Tatagiba” - 2011).



Sarah Vervloet nasceu em Vila Velha, no Espírito Santo, em 1989. É graduada em Letras-Português pela UFES e atualmente cursa o Mestrado em Letras/ Estudos Literários na mesma universidade. É professora e também escreve irregularmente. Foi contemplada em um concurso de Literatura da Secretaria de Cultura do Espírito Santo, na categoria contista estreante e seu livro está no forno. E-mail: sarahvervloet@gmail.com e Blog: http://chadechama.blogspot.com.br.

Um comentário:

  1. Estou procurando um filme que foi feito a partir deste texto. É do Roberto Rocha. Se tiver notícia, por favor me avise.
    Ricardo Sá

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