'Oblivion' é a mais nova aventura do galã Tom Cruise no cinema. O astro que esteve no país semana passada para divulgar o filme é protagonista de uma trama futurista recheada de muita aventura. Saiba mais sobre o filme lendo a matéria completa abaixo.
'Oblivion' traz o astro Tom Cruise em uma Terra devastada
Ficção cientítifica cheia de surpresas estreia nesta sexta-feira
Em 2077, a humanidade venceu a guerra contra os invasores alienígenas, mas perdeu seu bem mais precioso: a Terra. “Oblivion”, de Joseph Kosinski, que estreia sexta, tem início em um planeta devastado pelos combates e praticamente inabitável em virtude das armas nucleares utilizadas.
Jack Harper (Tom Cruise) é um soldado veterano designado para dar manutenção e proteger os equipamentos responsáveis por extrair o que restou de água na Terra e levá-la para a colônia lunar de Titã, local que os sobreviventes têm chamado de lar nos últimos anos.
Apesar de obrigatoriamente não possuir lembranças pré-missão, a vida de Jack na Terra não é ruim; com Victoria (Andrea Riseborough), uma espécie de supervisora da missão, ele tem uma sólida e amorosa relação, o que não impede, claro, que ele seja atormentado por visões de outra mulher em seus sonhos. Ao contrário de Victoria, que tenta não se envolver com nada e não vê a hora de deixar o planeta, Jack ainda guarda um carinho especial pelo local que chamava de casa e passa a se questionar sobre as regras de sua missão.
Criação
Foto: Divulgação
Tom Cruise volta a enfrentar alienígenas na ficção científica
Dirigido e roteirizado pelo bom Kosinski (“Tron: O Legado”), “Oblivion” funciona muito bem quando se apoia na ficção científica tradicional. A Terra concebida por Kosinski (que, não por coincidência, era arquiteto) é incrível. Diante das poucas, mas interessantes, construções e de longos vales abandonados e consumidos pelo tempo, o espectador tem noção da solidão do personagem, assim como das consequências do combate. O senso estético do diretor também se faz presente nas criações dos veículos e, principalmente, da base onde Jack e Victoria moram.
Mesmo utilizando uma pequena explicação no início da projeção, o filme faz bonito ao ambientar o público aos poucos. Acompanhando cada incursão de Jack pela superfície, o espectador vai descobrindo os drones de defesa e a resistência alienígena ainda presente na Terra. As criaturas passam boa parte da projeção como sombras ameaçadoras, recurso que funciona em função do filme.
Reviravoltas
Passado o arco de apresentação e desenvolvimento de personagens, “Oblivion” ganha ares de filme de ação, com direito a excelentes sequências de combate. No entanto, a partir do momento em que uma nave cai e a primeira reviravolta da trama se apresenta, a irregularidade também dá as caras.
Ao contrário do que acontece no início, o roteiro se apressa nas explicações e abusa do didatismo para ter certeza de que seu espectador não perca nenhum detalhe. Para tal, o personagem de Morgan Freeman funciona como uma espécie de Morpheus, de “Matrix”, explicando tudo o que o diretor julga ser necessário para a compreensão de sua obra.
Daí em diante, o roteiro – talvez por pressa para chegar ao clímax – passa a apresentar uma sequência de furos bobos que poderiam ser facilmente evitados.
Com boas atuações de Cruise e Riseborough, uma história envolvente, reviravoltas interessantes, “Oblivion” tinha tudo para ser uma das grandes ficções científicas recentes. As concessões que Kosinski faz, no entanto, têm forte influência no resultado da obra. É aceitável que o diretor opte por um filme com pouco sangue para obter uma classificação de idade mais ampla, mas é uma trapaça o fato de que os personagens sem importância para a trama desapareçam ao serem alvejados, enquanto outros sempre têm uma última – e importante – palavra a ser dita.
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