quarta-feira, 10 de outubro de 2012

A MÁQUINA DE RITMO DE GILBERTO GIL

Concerto de cordas & máquinas de ritmo

Na máquina do tempo de Gil
Em “Concerto de Cordas & Máquinas de Ritmo”, o baiano celebra, com orquestra e  eletrônico, seus 70 anos de idade e 50 de carreira


Ele completou 70 anos de idade e 50 de carreira em 2012, mas o vovô Gilberto Gil não parece nem pensar em aposentadoria. E a prova de que ele ainda tem fôlego de sobra e  continua capaz de inovar, é o CD “Concerto de cordas & Máquinas de Ritmo”, lançado esta semana para comemorar seu aniversário. 

O show que deu origem ao álbum foi gravado ao vivo no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, com acompanhamento da orquestra Petrobras Sinfônica, sob a regência dos maestros Carlos Prazeres e Jaques Morelenbaum.

Nessa espécie de retrospectiva da vida e da obra de Gil, a orquestra se alterna com a banda formada por Bem Gil (filho do cantor) no violão e guitarra, Gustavo di Dalva na percussão, Jaques Morelenbaum no violoncelo, Nicolas Krassik no vioolino e Eduardo Manso, responsável pelos efeitos eletrônicos. “Eu sou parcialmente gente e sou parcialmente ente. Histórico”, declarou Gil em uma das entrevistas que deu no seu aniversário (dia 26 de junho último).

Em releituras especiais e sofisticadas, Gil recorda alguns de seus grandes sucessos, como “Andar com Fé”, “Domingo no Parque”, “Panis et Circenses” e “Estrela ”. Mas também canta algumas músicas que marcaram sua trajetória, como “Outra vez”, de Tom Jobim, e “Juazeiro"  de Luiz Gonzaga – esta última gravada em mais de uma ocasião, como na trilha sonora do filme “Eu, Tu, Eles”.

As composições do disco são da década de 60 até os dias de hoje, incluindo uma única inédita, “Eu Descobri”. Gil canta não só em português, mas também em espanhol, no bolero cubano “Tres Palab ra s ”, e em francês, na música “La Renaissance Africaine”, composta por ele para o Festival Mundial de Artes Negras de 2006, no Senegal. Gilberto Gil também canta “Futurível ”, uma das quatro canções que compôs quando esteve preso na época da Ditadura Militar, e “Oriente ”, de 1971, composta em Ibiza, na Espanha, época em que a ilha reunia hippies de todo o mundo. "É a música minha que eu considero mais pessoal e autossolidária, mais solitária", declarou.

E o fôlego de Gil impressiona. Depois de rodar o Brasil em turnê, ele fará 15 shows nos Estados Unidos e no Canadá, no final deste mês e em novembro.

* Fonte: Jornal O Estado de São Paulo

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