Ele é um fenômeno. Com quase 10 milhões de livros vendidos no país na última década, segundo suas próprias contas, o psiquiatra Augusto Cury, que hoje faz 54 anos, se consolida como o maior "vendedor" editorial brasileiro desde o estouro de Paulo Coelho, nos anos 1990. Cury debutou no mercado em 1999.
Com todo respeito a seus fãs, não é com alegria que este blog reproduz tal dado, uma vez que Cury apresenta-se somente como um oportunista fazedor de livros de 'auto-ajuda' que, a rigor, parecem-se iguaizinhos em sua essência e não acrescentam literariamente nada a quem os lê. Ou seja, literalmente ele não mexe em time que está ganhando (ganhando, neste caso, rios de dinheiro).
Mas como o psiquiatra está em festa no dia de hoje faremos uma trégua. E analisemos somente do porquê de tamanho sucesso.
A começar. Augusto Cury navega pela educação, qualidade de vida e psicanálise - ainda que tenha como base sua teoria da inteligência multifocal, que se dispõe a ensinar ao leitor o "controle das janelas da memória".
Além dos temas, outros fatores que contribuem para o seu sucesso, segundo representantes de mercado são: Sua alta produtividade - lança um livro a cada seis meses (foram mais de 20 títulos nos últimos dez anos); Sua formação acadêmica, o que lhe confere credibilidade; Texto acessível; E uma "pegada" motivacional. Por isso, Cury foi escalado para embalar a Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 2010, na África do Sul, segundo dados levantados por jornalistas. O ex-jogador Jorginho, assistente do técnico Dunga, solicitou à Sextante 40 exemplares do livro O Futuro da Humanidade, que foram distribuídos entre os jogadores. O Brasil perdeu ou ganhou esta copa? Enfim.
"Não tenho dúvida de que os livros dele procuram transmitir uma mensagem, mesmo as ficções, acho que é isso que o leitor busca", diz Marcos Pereira dono da Editora Sextante.
O psiquiatra rejeita rotular seus romances como autoajuda. "É como O Monge e o Executivo, de James Hunter, ou Quem Mexeu no Meu Queijo, de Spencer Johnson, obras que querem despertar o leitor para alguma coisa". "A filosofia de Cury está presente na sua ficção. Ele mudou a maneira de escrever, talvez para atingir um público maior, fisgar pessoas que preferem ler textos romanceados", completa Adão Dias Paz diretor da Fenac de Porto Alegre.
Segundo Augusto Cury ele gosta de escrever sobre os assuntos dos quais tem conhecimento porque acredita que as outras pessoas poderão inspirar-se em suas palavras e mudar, procurando serem mais justas, controladas e amorosas. Ok então.
Veja abaixo alguns livros mais vendidos dele:
Você é Insubstituível - 2002
Pais Brilhantes, Professores Fascinantes - 2003
Nunca Desista de Seus Sonhos - 2004
O Futuro da Humanidade - 2005
O Vendedor de Sonhos e a Revolução dos Anônimos - 2009
O Vendedor de Sonhos - 2008
A Fascinante Construção do Eu - 2010
O Semeador de Ideias (foto acima) - 2010
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