Baseado no personagem do programa de TV e na peça de teatro homônima, 'Minha mãe é uma peça' chega aos cinemas com duas grandes missões: Manter o cinema nacional de humor em alta e ratificar o talento de Paulo Gustavo realmente o apontando como um dos novos comediantes de mais valor do país. Será que conseguiu a ambos? Confira agora na crítica dom Outros 300.
Comédia pastelão com pitadas de drama
"Pegada" televisiva marca o filme que tem em Paulo Gustavo seu grande destaque
Grande sucesso nos teatros e na TV com a personagem Dona Hermínia (220 Volts), Paulo Gustavo comprou a briga de transformar dois grandes sucessos de mídias distintas em uma terceira mídia, normalmente mais exigente e complicada de ser fazer: O cinema.
Acompanhado pelo roteirista Fil Braz e pelo diretor André Pellenz (o mesmo do programa de TV), lá foi Paulo adaptar o roteiro e arriscar. Pronto: Surgiu 'Minha mãe é uma peça' nos cinemas. A trama, claro, foge bastante da peça...
A trama
O filme conta a história desta simpática “senhora” e sua família. Dona de casa, separada e com dois adolescentes, a matriarca de meia-idade está sempre protegendo seus filhos. Contudo Dona Hermínia tem um grande choque quando ouve seus filhos falando mal dela pelo celular e resolve sair de casa.
Então, os dois adolescentes terão que se virar uns dias sem a mãe para cuidar da casa, dar comida, lembrar dos compromissos, e claro, pegar no pé um dos outros. Enquanto isso Dona Hermínia conta para a sua tia alguns fatos marcantes dos seus filhos e ex-maridos. Elenco uma série de acontecimentos e situações hilariantes.
Paulo Gustavo segura as pontas sozinho
Primeiro. O filme é do estilo humor leve, de piadas simples, e comédia pastelão. Então se você não gosta deste tipo de humor nem passe perto de uma sala de cinema que esteja passando o filme.
Com personagens intencionalmente estereotipados, o filme tende a nos levar por um humor rápido, raso e que se vale mais do visual (o filme é todo bem coloridão) do que pelo elaborado. Num estilo quase de seriado de TV a cabo, será por vezes comum você achar que está no sofá de casa, tamanha é a pegada, o estilo, de direção voltada à TV com que Pellenz, um diretor de TV (é estreante no cinema), dirige.
Isso (de ter jeitão de seriado de TV), não é ruim e nem bom, pois o filme não se leva a sério. Logo o importante ali é fazer rir, custe o que custar, mesmo que, para isso, cometa-se exageros desnecessários e chulos (a cena da briga de condomínio, por exemplo, era totalmente descartável).
A trama é óbvia e cheio de clichês. Dois adolescentes tomando conta de uma casa sozinhos, uma mãe que move céus e terras para defender seus filhos, um marido safado que troca a esposa por uma mulher mais jovem... Enfim, tudo que você já viu quatrocentas vezes na 'Sessão da Tarde' em outros filmes de comédia.
Portanto o que motiva o espectador a ir ver o filme é Paulo Gustavo e sua Dona Hermínia. O personagem é o ponto alto do filme, pois é dele, e das situações da mãezona de plantão, os momentos mais engraçados de Minha mãe é uma peça'.
Se você é fã de programas como 'Zorra Total', por exemplo, garanto que irá se divertir, e muito, vendo este filme, especialmente pelos personagens. Fãs de stand up também gostarão, pois as piadas são bem escritas.
O filme é leve e para toda a família (menos para aquele tio chato mais exigente, ok?) Ah! No meio dos créditos finais tem a Dona Hermínia de verdade (eu achei o momento mais engraçados do filme todo).
Trailer
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