Apesar dos protestos que se espalharam pelo país terem impedido Brad Pitt de ter vindo ao Brasil divulgar seu novo filme, Gerry Lane, seu personagem em 'Guerra Mundial Z' estará, a partir desta sexta-feira, nos nossos cinemas sem falta. Confira tudo sobre o filme lendo a matéria completa abaixo:
Por Rafael Braz
'Guerra Mundial Z': em meio a apocalipse zumbi, Brad Pitt tem que achar a cura
Longa imagina como países reagiriam diante de ataque de mortos-vivos
Antes do apocalipse zumbi tomar conta da cultura pop com a adaptação da HQ “The Walking Dead” para a TV, o escritor Max Brooks já havia sido dominado pelas criaturas. Em 2003, ele lançou “Guia de Sobrevivência a Zumbis”, um livro em forma de manual que contém dicas para qualquer um que queira sobreviver à praga.
A obra preparou terreno para “Guerra Mundial Z”, seu segundo trabalho, lançado três anos depois. O texto trazia relatos de sobreviventes do mesmo apocalipse em diversos lugares do mundo – do primeiro caso, na China, à Floresta Amazônica, no Brasil – reunidos por um jornalista trabalhando para as Nações Unidas. É exatamente este jornalista o protagonista de “Guerra Mundial Z”, o filme, que tem pré-estreia hoje e amanhã no Estado, e entra em circuito comercial na sexta-feira.
No filme do diretor Marc Forster (“Mais Estranho que a Ficção”), Brad Pitt é Gerry Lane, um investigador das Nações Unidas convocado para encontrar o “paciente zero”, ou seja, a origem da epidemia.
O filme, claro, não utiliza a estrutura narrativa do livro e coloca seu astro em meio à epidemia, em diversos lugares do mundo. Nas telas, a história ganha ares de suspense de ação, com momentos de tensão que fazem o espectador ficar realmente apreensivo. A sequência inicial, por exemplo, com Gerry e sua família fugindo em meio ao trânsito, mostra o desespero ao enfrentar o desconhecido.
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Zumbis
Forster filma tudo com um pé na realidade, fazendo questão de mostrar a epidemia como uma possibilidade. Até a agilidade que confere a seus zumbis, muito mais rápidos que o normal, possui explicação lógica na ausência dos limites físicos dos transformados, que não sentem dores ou cansaço.
O filme trata de aspectos políticos ao mostrar como cada país reage de maneira diferente à crise – . aspecto em que o filme deixa o livro um pouco de lado e investe em suas próprias soluções criativas. O governo norte-coreano, por exemplo, encontra uma solução curiosa para seu problema: arrancar todos os dentes de sua população, já que, assim, não haveria como morder alguém em caso de contágio.
Foto: Paramount Pictures/Divulgação
As pilhas de zumbis, que pareciam artificiais nos primeiros trailers, impressionam na motagem final
O tom de “Guerra Mundial Z”, no entanto, fica enfraquecido com a grande quantidade de computação gráfica utilizada em algumas sequências – os zumbis são muito mais bacanas quando mostrados de perto e vividos por atores. Também incomoda a “limpeza” do filme. Em momento algum, mesmo com zumbis trucidando a população, não se vê vísceras ou sangue dos mortos. O próprio protagonista ganha apenas alguns arranhões no rosto para mostrar sua luta. Tal escolha, sem dúvida, foi utilizada para obter uma censura mais baixa.
Em contrapartida, as pilhas de zumbis, que pareciam artificiais nos primeiros trailers, impressionam na motagem final, conferem um ar ainda mais ameaçador à epidemia e fazem indagar: por que ninguém pensou nisso antes?
Envolto em diversos problemas de produção, “Guerra Mundial Z” surpreende ao manter a força de sua obra inspiradora e respeitar o legado dos zumbis criados por George Romero. As críticas sociais estão presentes e são até reforçados pelo aspecto quase documental do filme.
Guerra Mundial Z
Suspense/ aventura. (World War Z. EUA/Malta, 2013)
Direção: Marc Forster
Elenco: Brad Pitt, Mirelle Enos, Daniella Kertesz, Matthew Fox, Fana Mokoena
Em pré-estreia no Estado
Cotação: ****
Fonte: A GAZETA
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