Uma das franquias de maior sucesso de Hollywood 'Se Beber Não case 3' chegou a sua (supostamente) última etapa e o Outros 300 também esteve lá para conferir. Confira nossa crítica acerca de 'Se Beber Não Case 3'.
Por Sandro Bahiense
Menos gargalhadas, mas mais qualidade
Paradoxalmente, enquanto filme ganha roteiro melhor ele fica menos engraçado
É indiscutível que quando 'Se Beber Não Case' (The Hangover) foi lançado os produtores viram ali uma mina de dinheiro. Tamanho sucesso rendeu mais dois filmes, e algumas imitações tamanho sua repercussão. Contudo se é impossível dizer que Hangover 1 não tenho sido hilariante, podemos dizer que o roteiro foi apenas razoável. Pois bem, neste suposto final da série, 'Se Beber Não Case 3' definitivamente não foi tão engraçado quanto o primeiro, mas teve o melhor roteiro de todos, disparado.
E é nisto que se valeu o diretor Todd Philips, num roteiro melhor, onde a graça também está na resolução das situações e não somente nas piadas já esperadas.
A trama
A história começa dando destaque a Chow, mostrando como ele conseguiu
escapar de uma prisão tailandesa. Enquanto Alan enfrenta
problemas em casa. Aos 42 anos e ainda dependendo dos pais, ele se
recusa a tomar a medicação receitada e, com isso, está mais
descontrolado do que nunca. A súbita morte do pai, seu melhor amigo,
complica ainda mais as coisas, trazendo uma raiva incontida que se
manifesta através de birras típicas de criança quando quer chamar a
atenção.
Preocupado com o cunhado, Doug chama seus velhos amigos Phil e Stu para ajudá-lo no plano de levar Alan a uma clínica médica, onde possa
se tratar. Não demora muito para que o quarteto pegue a estrada, mas
logo é incomodado pela gangue liderada por Marshall , que está atrás exatamente de Chow! Marshall sequestra Doug e pede ao trio que capture Chow e o traga até ele. Logo Phil, Stu e Alan vão até Tijuana, no México, atrás do chinês.
A crítica
Parece que estamos chovendo no molhado, mas voltemos a dar destaque ao roteiro. Desta vez a história é mais bem escrita e amarrada e a sucessão de acontecimentos tem um sentido mais próximo do cabível, longe das loucuras impossíveis de acreditar dos dois primeiros filmes.
Aliás, lembrando dos dois primeiros... Esqueçam de bebedeiras e amnésias. Desta vez o trio tem total ciência do que está acontecendo e os famosos flashbacks são aposentados. Com isso aquelas piadas fáceis, quase infalíveis, são descartadas e talvez por isso que Philips tenha focado tanto em Alan e Chow, indiscutivelmente as duas figuras mais engraçadas da saga. Phil e Stu? São simplesmente coadjuvantes neste terceiro filme.
A graça agora fica na loucura infantil de Alan e no descontrole total de Chow. E, claro, nas consequências das cenas o que torna o filme mais maduro. Esqueçam cenas de escatologia ou apelo sexual, pois elas só aparecem nas lembranças dos três personagens e, mesmo assim, de forma elegante e menos explícita. Logo, dessa vez, você pode levar sua namorada ao cinema sem medo de constrangimentos de um ou outro.
Zach Galifianakis (Alan) e Ken Jeong (Chow) parecem não ter sentido a pressão de protagonizar a trama, pois estão ótimos. A cena do flerte de Alan com uma balconista de loja é sensacional. 'Se Beber Não Case 3' não é mais engraçado que o primeiro, mas é o mais bem escrito de todos, sem dúvida. Prepare-se para mais tensão, violência, e assassinatos do que risadas, mas prepare-se, também, para um filme mais adulto e bem direcionado. Prós e contras que valem ser postos em cheque no cinema.
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